10 aldeias e cidades portuguesas que o tempo esqueceu

Em Portugal, as praias são incríveis, o vinho é barato e as cidades fervilham toda a noite – mas os viajantes distraídos podem não perceber que, fora dos destinos turísticos, existem pequenas aldeias pitorescas e vilas fortificadas no topo de colinas que parecem congeladas no tempo.

Desde celtas, gregos e fenícios até as hordas invasoras de visigodos, vândalos e suevos, foram muitos povos europeus que invadiram o território português desde o primeiro milênio a.C.

Na verdade, a capital portuguesa é uma das mais antigas do mundo e, depois de Atenas, na Grécia, é a segunda capital mais antiga da Europa.

Graças a esta longa e conturbada história, Portugal é um país repleto de cidades medievais fortificadas e aldeias escondidas que parecem ter sido arrancadas das páginas da História.

Muitos desses lugares preciosos ficam no interior do país, perto da fronteira com a Espanha, longe das praias e cidades populosas do litoral e mais perto de onde começou a história moderna de Portugal.

Monsanto

Monsanto é uma aldeia histórica localizada no concelho de Idanha-a-Nova, na região Centro de Portugal.

Encravadas na beira de uma montanha, as casas de Monsanto se espremem entre maciços blocos de granito. Algumas dessas casas são escavadas na rocha, que depois são equipadas com portas coloridas.

Muitas vezes chamada de “a aldeia mais portuguesa de Portugal”, Monsanto não mudou em centenas de anos. É sem dúvida um dos lugares mais extraordinários de Portugal.

Ruas íngremes de paralelepípedos serpenteiam a vila e sobem a montanha, levando às ruínas de um antigo castelo templário. É o lugar perfeito para apreciar as vistas fabulosas de toda a paisagem circundante.

Durante a época romana, a aldeia era um importante centro comercial e foi incorporada à província romana da Lusitânia.

No entanto, foi durante a Idade Média que Monsanto se tornou um importante ponto estratégico, devido à sua localização no topo da colina, tornando-se um importante ponto defensivo contra as invasões árabes.

Durante a Reconquista Cristã, a aldeia foi reconquistada pelos cristãos em 1165, sob o comando de Gualdim Pais, o Grão-Mestre dos Templários.

Monsanto tornou-se um importante centro religioso durante a Idade Média, com a construção de uma igreja românica no topo da colina.

Dica: percorra o percurso pedestre que se chama a Rota dos Barrocais, que percorre a vila e explora a paisagem incrível da região.

Piódão

Piodão é uma pequena aldeia portuguesa localizada na Serra do Açor, na região Centro de Portugal.

Escondida nas frondosas montanhas da Serra de Açor, Piódão é verdadeiramente uma aldeia que o tempo esqueceu. Quase abandonada até há algumas décadas, só era acessível a cavalo ou a pé até à década de 1970.

Mesmo que hoje seja possível fazer o trajeto até a aldeia de carro, a viagem é cansativa – a estrada é estreita e íngreme e, como não há grades de proteção, as curvas fechadas são assustadoras.

A vila de Piódão é um autêntico cartão postal. Incrustada nas saliências de um vale profundo, é um aglomerado de casas construídas inteiramente em xisto castanho-escuro, empilhadas e cobertas por placas de ardósia sobrepostas.

As ruas estreitas também são feitas de xisto, dando a toda a aldeia um ar antigo e monocromático. A única exceção é a igreja de pedra branca da vila.

Um lugar mágico

A história de Piodão remonta ao período medieval, quando a aldeia foi fundada. A aldeia teve um papel importante na história de Portugal, pois era um ponto estratégico no comércio de produtos locais, como o mel e a lã, com as cidades vizinhas.

Durante a Idade Média, Piodão cresceu e se desenvolveu, tornando-se uma importante comunidade agrícola e de pastoreio. A aldeia era conhecida por suas técnicas avançadas de agricultura e seus rebanhos de ovelhas, que forneciam lã para a produção de tecidos.

No século 19, Piodão começou a se modernizar, com a introdução de novas técnicas agrícolas e a construção de estradas e pontes para melhorar o acesso à aldeia.

No entanto, a população de Piodão começou a diminuir no final deste século  devido à emigração para outras regiões de Portugal e para o exterior em busca de melhores condições de vida.

Na década de 1930, Piodão foi alvo de um projeto de reconstrução e desenvolvimento liderado pelo governo português. A aldeia foi restaurada e recebeu novas infraestruturas, como eletricidade, água encanada e estradas pavimentadas.

Atualmente, Piodão é uma das aldeias mais visitadas em Portugal, atraindo turistas de todo o mundo que desejam conhecer sua arquitetura em xisto, seus campos agrícolas e suas tradições culturais.

A aldeia é um exemplo da preservação do patrimônio histórico e cultural de Portugal, e sua beleza natural e autenticidade encantam visitantes de todas as idades.

Sortelha

Sortelha é uma aldeia histórica portuguesa, localizada no concelho de Sabugal, na região Centro de Portugal.

A mais antiga cidade-fortaleza na fronteira de Portugal com a Espanha, Sortelha é uma vila fortificada no topo de uma colina com enormes paredes medievais de pedra, edifícios atarracados de granito cobertos com telhados de telhas vermelhas e vistas espetaculares da paisagem circundante (as fronteiras da Espanha ficam a menos de 50 km).

A entrada da cidade é um impressionante portão gótico, onde ainda é possível ver as aberturas onde óleo fervente e pedras eram jogados sobre os inimigos.

As ruínas do castelo românico-gótico de Sortelha remontam ao século 12 e são certamente o maior atrativo do lugar. Do alto das ruínas, ao contemplar a paisagem ao redor, você pode imaginar as tropas de Napoleão marchando pela cidade e bombardeando o castelo.

Vista sobre a aldeia do alto das muralhas do castelo

Sortelha foi fundada durante a Idade Média, provavelmente no século 12, com o objetivo de servir como uma importante fortaleza para proteger a região das invasões de mouros e outras ameaças.

A aldeia foi construída em granito, com muralhas defensivas que a cercam e um castelo no topo da colina.

Durante a Idade Média, Sortelha tornou-se uma importante base militar e um centro de comércio de produtos locais, como o queijo e o vinho.

No final do século 19, Sortelha começou a ser restaurada e revitalizada, graças ao interesse de historiadores e arquitetos em sua preservação. A aldeia foi declarada Monumento Nacional em 1936 e desde então tem sido objeto de várias obras de restauração e conservação.

A aldeia mantém a sua estrutura medieval, com ruas de calçada, muralhas defensivas, o castelo e a igreja de Santa Maria, e é um exemplo da riqueza do património histórico e cultural de Portugal.

Óbidos

Óbidos é uma cidade histórica portuguesa, localizada na região Centro de Portugal, a cerca de 80 km ao norte de Lisboa.

Sem dúvida o destino mais popular desta lista, a vila amuralhada de Óbidos foi um presente de casamento que o rei D. Dinis à rainha Isabel durante as núpcias ali passadas, depois que ela se apaixonou por suas charmosas casinhas amarelas, azuis e brancas, ruas labirínticas e as imponentes  muralhas da vila medieval.

Óbidos é um destino imperdível para os bibliófilos – há 14 livrarias dentro dos muros da cidade. A mais surpreendente é a Livraria de Santiago, que fica dentro de uma igreja histórica.

A nossa livraria favorita é aquela que foi instalada dentro de um mercado de legumes orgânicos e vende suas hortaliças ao lado de livros sobre vinhos e viagens.

Em Óbidos, vegetais orgânicos partilham as prateleiras com livros e vinhos.

Óbidos foi fundada pelos celtas e posteriormente conquistada pelos romanos no século 2 a.C. Durante a época medieval, Óbidos se tornou um importante centro comercial e foi ocupada pelos mouros no século 8.

Em 1148, a cidade foi conquistada pelos cristãos durante a Reconquista, liderada por D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal.

Durante a Idade Média, Óbidos cresceu e se desenvolveu, tornando-se uma das cidades mais importantes do país.

A cidade foi cercada por muralhas defensivas, que ainda existem hoje, e o castelo de Óbidos foi construído no topo de uma colina, como uma fortaleza para proteger a cidade.

Ao longo dos séculos, Óbidos foi palco de vários eventos históricos, incluindo a morte da rainha Santa Isabel, em 1336. Durante os séculos 15 e 16, a cidade foi um centro cultural e artístico importante, com vários poetas e escritores a residir em Óbidos.

No século 17, Óbidos começou a perder importância, devido às mudanças políticas e econômicas em Portugal.

A cidade foi abandonada e entrou em declínio até o século 19, quando começou a ser restaurada e recuperada, graças ao interesse de historiadores e arquitetos em sua preservação.

Óbidos é dos lugares mais incríveis de Portugal

Dica: Óbidos é uma parada regular nas rotas dos ônibus de turismo, por isso fica facilmente apinhada de gente.

Se você quiser evitar as multidões e capturar aquela vibração perdida no tempo, chegue no final da tarde ou no início da noite e pernoite na vila, na pousada do castelo, ou nas muitas unidades hoteleiras do lado de fora das muralhas.

Monsaraz

Monsaraz é uma aldeia histórica portuguesa, localizada no concelho de Reguengos de Monsaraz, na região do Alentejo, no sul de Portugal.

Uma das povoações mais antigas do sul de Portugal, a pequena Monsaraz é uma vila mágica no topo de uma colina com ruas de paralelepípedos ladeadas por edifícios caiados de branco dos séculos 15 e 16.

A cidade fortificada se localiza numa região protegida pelos Cavaleiros Templários, que lutavam contra os invasores mouros. O notável castelo do século 13 tem vistas deslumbrantes da paisagem circundante e já foi utilizado para touradas.

Na praça principal, em frente à igreja, está um pelourinho ornamentado do século 18 feito de mármore branco e encimado por uma esfera do universo.

Apesar de não serem tão ornamentados, os pelourinhos são comuns nas praças das cidades de Portugal – eles eram utilizados para torturar e humilhar criminosos publicamente.

Monsaraz é uma típica aldeia portuguesa

A história de Monsaraz remonta à Idade do Bronze, quando a região era habitada por povos pré-históricos. Durante a época romana, a aldeia foi um importante centro comercial, graças à sua localização estratégica na margem direita do rio Guadiana, que servia como uma importante via fluvial para o comércio.

Durante a época medieval, Monsaraz tornou-se uma importante fortaleza, construída para proteger a região contra invasores mouros e outras ameaças.

A aldeia foi cercada por muralhas defensivas, que ainda existem hoje, e um castelo foi construído no topo de uma colina, como uma fortaleza para proteger a cidade.

Um lugar de sonho

Ao longo dos séculos, Monsaraz cresceu e se desenvolveu, tornando-se um importante centro cultural e artístico durante os séculos 15 e 16. A aldeia teve vários poetas, escritores e artistas a residir em Monsaraz, e a cidade tornou-se conhecida por sua arquitetura e cultura.

No século 17, Monsaraz começou a perder importância, devido às mudanças políticas e econômicas em Portugal. A cidade foi abandonada e entrou em declínio até o século 19, quando começou a ser restaurada e recuperada, graças ao interesse de historiadores e arquitetos em sua preservação.

Dica: se gosta de observar as estrelas, passe a noite em Monsaraz. É um Destino Turístico Starlight, o que significa que a poluição luminosa é mínima e oferece as condições ideais para admirar o céu noturno.

Belmonte

Belmonte é uma cidade histórica portuguesa, localizada na região Centro de Portugal, na província da Beira Baixa. As ruínas do castelo são interessantes de explorar, mas o lugar é um pouco mais difícil de capturar aquela atmosfera de “perdido no tempo” em comparação com outras aldeias dessa lista.

Dito isso, Belmonte é um lugar único porque abriga uma das comunidades cripto-judaicas mais famosas do país – um grupo de famílias judias que se esconderam durante a Inquisição espanhola, transmitiram oralmente tradições entre pais e filhos e arranjaram casamentos entre famílias judias.

A perseguição foi tão intensa que eles ficaram escondidos por mais de 500 anos e só saíram no final da década de 1970, quando teve fim a longa ditadura salazarista.

Não deixe de fazer uma visita ao fascinante Museu Judaico de Belmonte, localizado num recanto sossegado do encantador centro histórico da cidade.

Foi em Belmonte que nasceu Pedro Álvares Cabral, o descobridor do Brasil

Belmonte tem uma história rica que remonta à Idade do Bronze, e tem sido habitada por várias civilizações ao longo dos séculos.

Durante a época romana, a cidade foi um importante centro comercial, graças à sua localização estratégica nas margens do rio Zêzere, que servia como uma importante via fluvial para o comércio.

Durante a época medieval, Belmonte tornou-se uma importante fortaleza, construída para proteger a região contra invasores mouros e outras ameaças.

A cidade foi cercada por muralhas defensivas, que ainda existem hoje, e um castelo foi construído no topo de uma colina, como uma fortaleza para proteger a cidade.

Ao longo dos séculos, Belmonte cresceu e se desenvolveu, tornando-se um importante centro cultural e artístico durante os séculos 15 e 16.

Durante a época da Inquisição em Portugal, Belmonte tornou-se um refúgio para judeus sefarditas que fugiam da perseguição religiosa, e a cidade tornou-se conhecida como uma das poucas comunidades judaicas que sobreviveu em Portugal.

No século 17, Belmonte começou a perder importância, devido às mudanças políticas e econômicas em Portugal. A cidade foi abandonada e entrou em declínio até o século 19, quando começou a ser restaurada e recuperada, graças ao interesse de historiadores e arquitetos em sua preservação.

Guimarães

Guimarães é uma cidade histórica localizada no norte de Portugal, na região do Minho. É conhecida como o berço da nação portuguesa, uma vez que foi nesta cidade que nasceu e cresceu o primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques.

Esta não é bem uma aldeia que o tempo esqueceu, pois se tornou Patrimônio Mundial da Unesco em 2001 e foi designada Capital Europeia da Cultura em 2012.

No entanto, é fácil se perder no centro histórico de Guimarães, com seus edifícios medievais e igrejas barrocas e, evidentemente, o impressionante castelo que paira sobre a cidade.

Cafés e restaurantes se espalham pelas praças lindamente preservadas da cidade – sendo as melhores o Largo da Oliveira e a Praça de Santiago.

Sente-se, peça um cálice de vinho verde efervescente e faça um brinde ao rei Afonso Henriques, o Conquistador.

Terá sido neste castelo que nasceu o primeiro rei de Portugal

A história de Guimarães remonta ao século 10, quando a região era habitada por povos pré-históricos.

Durante a época romana, a cidade foi um importante centro comercial, graças à sua localização estratégica nas margens do rio Ave, que servia como uma importante via fluvial para o comércio.

Durante a Idade Média, Guimarães tornou-se a capital do Condado Portucalense, um território governado pelos condes que, mais tarde, se tornariam reis de Portugal.

Foi nesta cidade que Afonso Henriques nasceu e cresceu, e onde iniciou a luta pela independência de Portugal, derrotando as forças muçulmanas que ocupavam a região.

No século 14, Guimarães tornou-se um importante centro cultural e artístico, com a construção de vários edifícios e monumentos importantes, como o Paço dos Duques de Bragança e a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira.

Durante a época moderna, Guimarães continuou a crescer e desenvolver-se, tornando-se um importante centro industrial e comercial.

Dica: não subestime Guimarães. Há muitos bons hotéis e restaurantes na cidade, que tem boas ligações rodoviárias e ferroviárias, sendo uma boa base para explorar a região. É tudo mais barato e menos movimentado do que o Porto.

Marvão

Marvão é uma vila histórica localizada no distrito de Portalegre, na região do Alentejo, em Portugal. A vila está situada no topo de uma colina, oferecendo vistas deslumbrantes do vale do rio Tejo e da fronteira espanhola.

Segundo o escritor José Saramago, laureado com o Nobel da literatura, “de Marvão avista-se toda a terra. Do alto do castelo, com suas vistas de 360 graus das áridas planícies do Alentejo, certamente parece que sim.

A pitoresca vila está situada em um planalto escarpado, no alto da montanha. Ao contrário da maioria das cidades fortificadas, a totalidade deste pequeno burgo está dentro das espessas muralhas medievais.

O castelo de Marvão é a maior atração da localidade

A história de Marvão remonta à época romana, quando a região era habitada por povos pré-históricos. Durante a Idade Média, Marvão tornou-se um importante centro militar, graças à sua localização estratégica na fronteira entre Portugal e Espanha.

A vila foi cercada por muralhas defensivas, que ainda existem hoje, e um castelo foi construído no topo da colina para proteger a região contra invasores.

Durante a época da Reconquista cristã, Marvão foi um importante ponto de defesa, sendo conquistada pelos mouros e reconquistada pelos cristãos diversas vezes.

No século 12, Marvão começou a perder importância, devido às mudanças políticas e econômicas em Portugal. A vila foi abandonada e entrou em declínio até o século 19, quando começou a ser restaurada e recuperada, graças ao interesse de historiadores e arquitetos em sua preservação.

Castelo de Vide

Castelo de Vide é uma cidade histórica localizada a apenas alguns quilômetros de Marvão, no distrito de Portalegre, na região do Alentejo.

A cidade abriga um dos bairros judeus mais bem preservados de Portugal. Após a expulsão dos judeus de Espanha, em 1492, a população do burgo aumentou de 800 para mais de 4 mil moradores.

A ornamentada Fonte de Vila, na entrada da judiaria, serviu de pia batismal durante as conversões forçadas de 1497 e a Inquisição que se seguiu. Desde então, foi declarado monumento nacional e jorra a água mineral cristalina pela qual a cidade é famosa.

A história de Castelo de Vide remonta ao período romano, quando a cidade era um importante centro comercial e militar.

Durante a época medieval, a vila se tornou um importante centro de culturas, com a construção de vários edifícios religiosos e culturais, como a Igreja de São Vicente, a sinagoga e a Fonte da Vila.

No século 13, foi conquistada pelos cristãos, tornando-se um importante ponto de defesa na fronteira entre Portugal e Espanha. Durante o século 14, a cidade prosperou, graças à produção de lã e à sua localização estratégica nas rotas comerciais entre os dois países ibéricos.

Durante a época moderna, Castelo de Vide continuou a crescer e desenvolver-se, tornando-se um importante centro agrícola e industrial.

No entanto, a cidade preservou o seu património histórico e arquitetônico, o que lhe permitiu ser classificada como Patrimônio Mundial pela Unesco em 2001.

Trancoso

Trancoso é uma cidade histórica localizada no distrito da Guarda, na região centro de Portugal. A cidade é conhecida por sua rica história, cultura e patrimônio arquitetônico.

Cercado por imponentes fortificações do século 13, o centro histórico  de Trancoso é um emaranhado atmosférico de becos escuros, casas de pedra toscamente esculpidas e convidativas praças repletas de cafés e restaurantes.

O imponente castelo da cidade, com suas fortificações com ameias e atarracada torre mourisca, é onde você pode ter uma visão panorâmica da cidade.

Trancoso é conhecida por ter sido o local do casamento do Rei Dinis de Portugal com Isabel de Aragão, que mais tarde ficou conhecida como Santa Isabel de Portugal. O casamento aconteceu em 24 de junho de 1282, na Igreja de São Bartolomeu, em Trancoso.

Na época, Dinis era um jovem rei de apenas 18 anos, enquanto Isabel de Aragão tinha apenas 12 anos. O casamento foi uma aliança política entre Portugal e Aragão, mas, ao longo do tempo, o casal real desenvolveu um amor verdadeiro e profundo um pelo outro.

Diz-se que Dinis ficou tão impressionado com a beleza e inteligência de Isabel que a nomeou sua conselheira principal e a tornou a rainha mais poderosa da história de Portugal.

A história de Trancoso remonta ao período romano, quando a cidade era um importante centro militar e comercial. Durante a época medieval, Trancoso tornou-se um importante centro de defesa na fronteira entre Portugal e Espanha, graças à sua localização estratégica nas colinas da Serra da Estrela.

A cidade foi cercada por muralhas defensivas, que ainda existem hoje, e um castelo foi construído no topo da colina para proteger a região contra invasores. Durante a época da Reconquista cristã, Trancoso foi um importante ponto de defesa, sendo conquistada pelos mouros e reconquistada pelos cristãos diversas vezes.

Durante a época moderna, Trancoso continuou a prosperar, tornando-se um importante centro agrícola e comercial. A cidade também se destacou pela produção de cerâmica e pela indústria de calçado.

Rua da Alegria, no bairro judeu de Trancoso

Trancoso teve uma grande comunidade judaica durante a Idade Média e a época moderna. A comunidade judaica em Trancoso era muito importante em termos econômicos, culturais e sociais, e deixou uma marca duradoura na história da cidade.

Os judeus em Trancoso se estabeleceram principalmente na área conhecida como “Judiaria”, que era um bairro designado onde os judeus poderiam viver e trabalhar.

A Judiaria de Trancoso era uma das maiores e mais bem preservadas de Portugal, e ainda é possível ver vestígios arquitetônicos da comunidade judaica, como as casas e as sinagogas.

Em algumas das casas mais antigas do antigo bairro judeu, preste atenção nas duas portas – uma larga usada para negócios e uma estreita para a família.

Por ordem da Inquisição, algumas casas também têm cruzes desajeitadas gravadas na pedra acima das portas para indicar que os moradores eram cristãos-novos (novos cristãos convertidos).

Veja também: O que fazer em Portugal: 14 atrações que são imperdíveis

Veja também: Descubra as maravilhosas tradições portuguesas e a cultura deste país incrível

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *