Um dos maiores prazeres de uma viagem é provar o que a gastronomia local tem de melhor. E neste quesito a doçaria portuguesa é o verdadeiro paraíso na Terra com seus doces de tradição monástica e conventual, uma arte com séculos de história.
Portugal é um destino popular no sul da Europa para os turistas europeus dos países ricos e tem sido cada vez mais procurado por brasileiros para viver e trabalhar.
Para além da boa qualidade de vida, dos castelos medievais e dos azulejos únicos no mundo, Portugal é também conhecido pela sua gastronomia mediterrânica que faz a delícia dos visitantes.
Esse é um artigo sobre a doçaria portuguesa, onde você vai conhecer as sobremesas e doces portugueses para, quando viajar a Portugal, já saber exatamente o que pedir para saborear, não só a melhor doçaria local, mas também a história e as tradições desse país encantador.
Começaremos com uma breve panorâmica das tradições da doçaria e pastelaria portuguesa. Você vai ficar sabendo por que os portugueses usam tantas gemas nas suas receitas!
Vamos também enumerar 19 sobremesas e doces portugueses que você vai querer provar pessoalmente nas suas próximas férias em Portugal.
Para cada um destes doces, vamos contar as tradições por detrás e o que o torna tão especial! Prepare-se para fazer um furo a mais no seu cinto.
A doçaria conventual portuguesa
A doçaria conventual portuguesa tem uma longa história, que remonta ao século 16. Naquela época, os conventos e mosteiros eram importantes centros de produção de doces e sobremesas, pois os monges e freiras precisavam encontrar maneiras de utilizar as grandes quantidades de ovos e açúcar que recebiam como doações.
Além disso, muitos dos ingredientes utilizados na doçaria conventual eram originários das colônias portuguesas, como o açúcar e as especiarias, o que tornava esses doces ainda mais especiais.
Inicialmente, a doçaria conventual era produzida apenas dentro dos conventos e mosteiros, como uma forma de sustento.
No entanto, ao longo do tempo, os doces se tornaram cada vez mais populares entre a população em geral, e muitas das receitas foram passadas de geração em geração, tornando-se parte da cultura gastronômica portuguesa.
Hoje, muitos dos doces conventuais mais famosos, como os Pastéis de Belém e o Pão de Ló, são produzidos em padarias e confeitarias em todo o país, mas ainda mantêm a sua tradição e sabor originais.
Particularidades da doçaria portuguesa ou por que é que os portugueses usam tantos ovos nos doces
Os doces tradicionais portugueses têm dois ingredientes principais – as gemas de ovos e o açúcar – e um forte coadjuvante – a farinha de amêndoa. A farinha de trigo é usada com bastante moderação.
Como já vimos, as receitas dos doces portugueses foram elaboradas nos numerosos conventos e mosteiros do país e o seu caráter foi praticamente definido entre os séculos 15 e 16.
Naquela época, Portugal acabara de substituir a República de Veneza como o maior produtor e importador de açúcar da Europa.
As plantações de cana-de-açúcar prosperaram primeiro nas ilhas da Madeira e Cabo Verde e depois no Brasil, fornecendo assim um fornecimento constante do valioso “sal doce” para Portugal.
Até então, o açúcar era considerado uma especiaria cara com duas aplicações principais. A primeira delas como ingrediente das poções preparadas nas farmácias dos conventos e mosteiros portugueses.
A segunda utilização do açúcar era como um alimento fortificante administrado em pequenas doses aos desnutridos e doentes que definhavam nas enfermarias monásticas.
Quando grandes quantidades de açúcar começaram a chegar das colônias portuguesas, seu preço caiu significativamente.
Além disso, grandes quantidades de açúcar foram doadas pelo rei a várias ordens religiosas. Logo, as freiras e monges tiveram que encontrar uma nova maneira de usá-lo.
Assim, o açúcar transitava da farmácia monástica para a cozinha monástica.
Ao mesmo tempo, os conventos e mosteiros portugueses tinham ainda outro problema para resolver: o que fazer com um enorme excedente de gemas?
As claras eram usadas em quantidades cada vez maiores para engomar as roupas da aristocracia e os hábitos das freiras e monges.
Também tiveram ampla aplicação no processo de colagem de vinhos – tecnologia que servia para melhorar sua clarificação, aroma e cor.
As sobras das gemas foram inicialmente destinadas aos animais domésticos, mas quando o açúcar se tornou abundante, um novo uso foi encontrado para elas – sobremesas. As receitas foram criadas e aperfeiçoadas nas cozinhas de muitos conventos e mosteiros por todo o país.
O hoje mundialmente famoso pastel de Belém foi uma criação dos monges do Mosteiro dos Jerônimos de Lisboa. As freiras do Mosteiro de Jesus, na cidade de Aveiro, no centro de Portugal, inventaram os ovos moles (literalmente, ovos moles).
As freiras da pequena vila de Ovar cozinhavam o macio e esponjoso Pão-de-ló de Ovar. Os seus congéneres da cidade de Guimarães, no norte do país, criaram toda uma linha de doçaria. Entre elas estão o toucinho-do-céu, as tortas de Guimarães e as douradinhas de Guimarães.
No entanto, em 1834, o fim da Guerra Civil Portuguesa levou à dissolução dos mosteiros em Portugal. Nos anos que se seguiram, suas terras foram nacionalizadas e as freiras e monges foram expulsos.
Procurando maneiras de sobreviver, alguns deles passaram as receitas secretas de várias sobremesas conventuais premiadas para famílias locais selecionadas. Começaram a fazer e a vender eles próprios os doces, mantendo assim viva a tradição da doçaria conventual portuguesa.
Até hoje, seus descendentes continuam fazendo essas sobremesas históricas à moda antiga. Sua produção geralmente é totalmente manual.
As gemas e o açúcar continuam a ser os protagonistas, com a farinha de amêndoa a desempenhar um forte papel coadjuvante. Afinal, Portugal é um importante produtor de amêndoas. Depois vêm os diferentes tipos de gorduras – manteiga, banha de porco e até toucinho!
Esses ingredientes básicos – gemas, açúcar, amêndoas e gorduras – são usados de maneiras diferentes e originais. Uma viagem por Portugal irá surpreendê-lo com o número impressionante e variedade de sobremesas e doces locais.
A doçaria conventual portuguesa é conhecida por ser bastante rica em açúcar e gorduras, especialmente gorduras de origem animal, como a manteiga e o toucinho.
Isso se deve em parte ao fato de que muitas das receitas de doces conventuais foram desenvolvidas em épocas em que a restrição alimentar não era um problema, e os conventos e mosteiros tinham acesso a ingredientes abundantes.
Muitos dos doces conventuais portugueses levam grandes quantidades de gemas de ovos e açúcar, que são misturados com gorduras para criar uma textura cremosa e consistente.
Por exemplo, o famoso doce de ovos português, também conhecido como “ovos-moles”, é feito com açúcar e muitas gemas de ovos, que são misturadas com calda de açúcar e mexidas em banho-maria até atingirem a consistência desejada.
Outros doces conventuais, como as queijadas, também levam grandes quantidades de gemas de ovos e gorduras para alcançar a textura e o sabor característicos.
Você verá que a maior parte da doçaria e dos doces portugueses são de um amarelo intenso, até alaranjado, tal é a concentração de gemas em cada mordida.
Além disso, todas as pequenas cidades e aldeias de Portugal têm uma iguaria local. Portanto, onde quer que você vá, sempre haverá um doce diferente para experimentar.
E se a doçaria e a pastelaria conventual ainda estão na base da doçaria portuguesa, ao longo das últimas décadas muitas novas influências também se fizeram sentir.
Isto levou à absorção de várias receitas estrangeiras e à sua total adaptação ao paladar português. Dos croissants franceses aos donuts de Berlim (a bola de Berlim, conhecida no Brasil como sonho de padaria), os portugueses criaram as suas versões que são tão deliciosas quanto os doces originais
19 deliciosas sobremesas e doces para provar em Portugal
1. Pastel de Belém / Pastel de Nata
O pastel de Belém e o pastel de nata são sem dúvida os doces mais famosos de Portugal. Descritos de forma simples, eles se parecem com uma pequena cesta feita de massa folhada delicada e recheada com creme de ovo espesso e pegajoso.
Onde quer que você vá em Portugal, você encontrará esses pastéis de nata. Eles são vendidos tanto em confeitarias refinadas quanto em pequenos bares de esquina. Existem até cadeias inteiras de cafés dedicadas exclusivamente a produzi-los e vendê-los.
E aqui vem uma pergunta interessante. Na verdade, duas:
- Por que é que o doce mais famoso de Portugal tem dois nomes em português?
- Qual é a diferença entre um pastel de Belém e um pastel de nata?
O pastel de Belém é o original pastel de nata português. Só pode ser fabricado e vendido com este nome por uma pequena padaria do bairro de Belém, em Lisboa. A padaria, apropriadamente batizada de Pastéis de Belém, produz milhares desses deliciosos pastéis desde 1837.
Três anos antes disso, em 1834, todos os mosteiros e conventos de Portugal tinham sido dissolvidos. Um deles foi o grande Mosteiro dos Jerônimos em Belém, bairro de Lisboa.
Este mosteiro tinha uma receita secreta para uma deliciosa massa. Quando os monges foram expulsos, um deles passou a receita a uma família local que tinha uma refinaria de cana-de-açúcar e um pequeno armazém junto ao mosteiro.
Assim nasceu o mito e o fabrico dos pastéis de Belém. A pequena loja virou uma pequena padaria-café e hoje em dia é o único lugar no mundo onde podem ser vendidos com este nome. É uma marca registrada.
À medida que a popularidade dos pastéis de Belém crescia, outras padarias e confeitarias por todo o país começaram a replicar o doce, criando suas próprias receitas, de modo a parecer o mais próximo possível do doce original.
Para saborear um pastel de Belém (ou um pastel de nata) no seu melhor, é bom degustá-lo quando estiver saindo do forno. Polvilhe um pouco de canela por cima e acompanhe com um bom café ou (quando estiver no Porto) um pequeno copo de vinho do Porto.
2. Ovos Moles de Aveiro
Os ovos moles são típicos de Aveiro. Esta é uma pequena cidade na costa atlântica do país. A cerca de uma hora de trem do Porto, Aveiro é conhecida pelos seus canais, gôndolas coloridas, salinas e casas Art Déco. É conhecida como a Veneza portuguesa.
Nesse cidade, existiu um importante mosteiro da Ordem Dominicana feminina, que é o Mosteiro de Jesus. Hoje em dia, o edifício abriga o museu municipal.
A lenda dos ovos moles de Aveiro conta a história de uma freira que vivia no Convento de Jesus, em Aveiro, no século 17, e que era a responsável por fazer os doces para o convento.
Um dia, enquanto preparava o doce de ovos, ela deixou cair um pouco da calda no chão. Ao tentar limpar a calda, ela percebeu que havia formado um desenho muito bonito.
A partir daquele momento, a freira começou a utilizar a calda para fazer figuras religiosas, como anjos e santos, que eram servidas como sobremesa durante as festas religiosas do convento.
Com o passar do tempo, as figuras religiosas deram lugar a outras formas, como conchas, peixes e outros símbolos relacionados ao mar.
A lenda diz que os ovos moles de Aveiro se tornaram tão famosos que até a realeza portuguesa se rendeu ao seu sabor. Hoje em dia, os ovos moles de Aveiro são um dos doces mais famosos e populares de Portugal, e podem ser encontrados em lojas de doces em todo o país.
Embora a história da freira que criou os ovos moles de Aveiro seja considerada uma lenda, ela reflete a importância da doçaria conventual portuguesa na cultura e tradição gastronômica do país.
Os ovos moles de Aveiro são um exemplo de como a criatividade e a habilidade culinária das freiras e monges portugueses resultaram em doces deliciosos e únicos que ainda são apreciados hoje em dia.
Hoje em dia, os ovos moles de Aveiro são um dos doces mais famosos e apreciados de Portugal. Em 2008, a União Europeia chegou a designá-los como um produto com Indicação Geográfica Protegida.
Ao caminhar por Aveiro, você verá ovos moles vendidos por toda parte. São embalados em bonitas caixas de madeira ou cerâmica pintadas à mão com cenas típicas da região.
Um belo presente para os entes queridos depois das férias em Portugal!
Existe ainda uma Confraria dos Ovos Moles de Aveiro e uma Associação dos Produtores de Ovos Moles. Fazem com que este doce único preserve as suas tradições ao mesmo tempo que se adapta aos tempos modernos.
Afinal, foi com o aval da associação que, há alguns anos, foi lançada uma variedade de ovos moles de chocolate – os chamados ovos moles pretos.
3. Pudim do Abade de Priscos
O Pudim do Abade de Priscos é uma sobremesa típica da cidade de Braga, em Portugal, que foi criada pelo Abade de Priscos no século 19.
A receita original do pudim era mantida em segredo pelo abade, mas hoje em dia é amplamente conhecida e difundida em Portugal e em outros países.
Os ingredientes do pudim incluem açúcar, água, toucinho de porco, canela em pau, casca de limão, ovos e vinho do Porto.
O toucinho de porco é a chave para a textura única e sabor intenso do pudim, e é cozido lentamente com água, açúcar, canela e casca de limão até ficar caramelizado.
Depois, é peneirado para remover quaisquer impurezas e misturado com os ovos batidos e o vinho do Porto.
A mistura é então colocada em uma forma e cozida em banho-maria no forno. O resultado é um pudim denso, úmido e rico em sabor, com uma textura firme e cremosa.
O Pudim do Abade de Priscos é considerado uma iguaria portuguesa e é servido em muitos restaurantes e pastelarias em Portugal.
Ele também se tornou popular em outros países, especialmente no Brasil, onde é frequentemente servido em restaurantes portugueses.
4. Tíbias de Braga
Tíbias de Braga é um doce tradicional da cidade de Braga, em Portugal, que tem uma longa história. Acredita-se que o doce tenha sido criado no século XVII por freiras do Convento das Convertidas, em Braga.
Os ingredientes do doce tíbias incluem amêndoas, açúcar, gemas de ovos e água. As amêndoas são moídas e misturadas com açúcar e água para formar uma pasta.
As gemas de ovos são então adicionadas e misturadas até obter uma massa homogênea.
A massa é moldada em pequenas bolas, que são achatadas e moldadas em formato de coração. As tíbias são então assadas no forno até ficarem douradas e crocantes por fora, mas macias e úmidas por dentro.
O nome “tíbias” vem do latim “tibia”, que significa “flauta”. O formato doce tíbias de Braga é semelhante ao de uma flauta, o que pode ter inspirado o nome.
O doce tíbias é muito apreciado em Braga e é vendido em várias lojas e pastelarias da cidade. É também um doce tradicional nas festividades religiosas da cidade, como a Semana Santa e as festas em honra a São João, Santo António e São Pedro.
5. Drageias licorosas
As Drageias de Licor Bonjour são um doce típico português, que consiste em pequenas esferas de açúcar recheadas com um licor de sabor intenso. Essas drageias são fabricadas pela empresa Bonjour, que é especializada na produção de licores desde 1902.
Os ingredientes usados na produção das Drageias de Licor Bonjour incluem açúcar, xarope de glicose, corantes alimentares, água e licores de várias frutas, como cereja, limão, amora, framboesa, entre outros.
Esses ingredientes são misturados e cozidos em grandes caldeirões de cobre até que a mistura adquira uma consistência homogênea e suave.
A mistura é então moldada em pequenas esferas e deixada secar por algumas horas. As esferas são revestidas com uma camada fina de açúcar cristalizado, o que dá às drageias sua textura crocante e brilhante.
As Drageias de Licor Bonjour são consumidas como sobremesa ou como acompanhamento de café ou chá. Elas são uma lembrança popular entre os turistas que visitam Portugal, e também são vendidas em lojas especializadas em doces e licores em todo o país.
Além disso, elas são frequentemente servidas em casamentos e outras ocasiões especiais como um gesto de hospitalidade e generosidade.
6. Pão de Ló
O pão de ló é um bolo tradicional de origem portuguesa, cuja história remonta ao século 16. Sua origem não é totalmente clara, mas há algumas teorias sobre como ele teria surgido.
Uma das teorias é que o pão de ló teria sido criado pelos portugueses durante a Era das Navegações, como uma sobremesa fácil de transportar em longas viagens marítimas.
Outra teoria sugere que o bolo teria sido trazido para Portugal pelos jesuítas, que o teriam aprendido com os chineses.
Os ingredientes básicos do pão de ló são ovos, açúcar e farinha de trigo. A receita original não incluía fermento ou qualquer outro agente de fermentação, o que resultava em uma textura densa e úmida.
No entanto, hoje em dia, algumas receitas podem incluir bicarbonato de sódio ou fermento em pó para ajudar na levedação da massa.
A preparação do pão de ló é bastante simples. Os ovos são separados em claras e gemas, e as claras são batidas em neve firme. Em seguida, as gemas e o açúcar são batidos juntos até obter uma mistura homogênea e clara.
A farinha é então adicionada e misturada cuidadosamente, para evitar a formação de grumos. Por fim, as claras em neve são incorporadas à mistura de ovos e açúcar, novamente com cuidado, para manter a leveza da massa.
O pão de ló pode ser preparado em formas variadas, como retangulares, redondas ou em coroa. Ele é consumido como sobremesa ou lanche, muitas vezes acompanhado de chá ou café.
Existem diversas variações regionais do pão de ló em Portugal, como o Pão de Ló de Ovar, que tem uma textura mais úmida, e o Pão de Ló de Alfeizerão, que leva amêndoas em sua composição.
7. Guardanapos
O doce português conhecido como guardanapos (ou lenços) é uma sobremesa tradicional da região da Beira Baixa, em Portugal.
É um doce simples, feito com ingredientes básicos e com um formato semelhante a um lenço, o que explica o seu nome.
Os ingredientes do doce são ovos, açúcar, farinha, amêndoas e canela. A massa é preparada com a mistura de todos os ingredientes, que são batidos juntos até obter uma textura homogênea.
A massa é então esticada em uma superfície enfarinhada e cortada em tiras finas com a forma de lenços. Essas tiras são enroladas e dispostas em uma assadeira forrada com papel manteiga e levadas ao forno para assar até dourar.
Depois de assados, os doces são retirados do forno e polvilhados com açúcar de confeiteiro e canela em pó. Eles podem ser servidos frios ou mornos, como uma sobremesa simples e deliciosa.
8. Bolo-rei
O Bolo Rei é uma sobremesa tradicional de Natal em Portugal, e a sua história remonta ao século 19.
Acredita-se que a receita tenha sido criada por confeiteiros franceses que trabalhavam em Lisboa, inspirados no “Galette des Rois”, um bolo tradicional francês servido no Dia de Reis.
Os ingredientes do Bolo Rei incluem farinha de trigo, açúcar, ovos, manteiga, levedura, água, frutas cristalizadas, nozes, passas, pinhões, canela e erva-doce.
A massa é preparada com a mistura desses ingredientes e é deixada descansar e crescer antes de ser moldada em forma de coroa. As frutas cristalizadas, nozes, passas e pinhões são adicionados à massa antes de ser assada.
Depois de assado, o Bolo Rei é decorado com açúcar em pó e frutas cristalizadas.
O Bolo Rei é tradicionalmente consumido durante a época do Natal em Portugal, mas é possível encontrá-lo em padarias e confeitarias durante todo o ano.
É comum que o Bolo Rei venha com uma surpresa no seu interior, como uma fava ou uma pequena figura de porcelana, que se acredita trazer sorte para quem a encontra.
O Bolo Rei é uma sobremesa muito popular em Portugal e faz parte da tradição natalina do país.
Muitas padarias e confeitarias portuguesas têm a sua própria versão da receita, mas os ingredientes básicos e a forma característica de coroa são mantidos em todas as variações.
9. Toucinho-do-céu de Guimarães
O Toucinho-do-céu é uma sobremesa tradicional de Guimarães, cidade localizada na região norte de Portugal.
Acredita-se que a receita tenha sido criada por freiras que viviam no Convento de Santa Clara, em Guimarães, durante o século 17.
Os ingredientes do Toucinho-do-céu incluem amêndoas moídas, açúcar, ovos e água. A amêndoa é um ingrediente chave na receita, e é importante que seja moída finamente para dar a textura característica do Toucinho-do-céu.
O açúcar é adicionado à amêndoa e misturado com água para criar uma calda, que é aquecida até obter o ponto de fio.
Os ovos são batidos e adicionados à calda de açúcar e amêndoa, e a mistura é despejada em uma forma e assada em forno pré-aquecido.
O Toucinho-do-céu tem uma textura densa e úmida, e um sabor intenso de amêndoas. É geralmente servido em fatias finas, polvilhado com açúcar em pó ou canela.
Este doce é uma sobremesa muito popular em Guimarães e é encontrada em muitas confeitarias e padarias da cidade.
Embora a receita original seja bastante simples, existem variações da receita que adicionam ingredientes como limão ou vinho do Porto, que dão um sabor adicional ao doce.
1o. Tortas de Guimarães
As Tortas de Guimarães são uma sobremesa típica da cidade de Guimarães, no norte de Portugal. Acredita-se que a receita tenha sido criada por freiras que viviam no Convento de Santa Clara, no século 18.
Os ingredientes básicos das Tortas de Guimarães são ovos, açúcar, farinha de trigo, manteiga e canela.
A massa é preparada com esses ingredientes e depois é aberta em uma superfície plana. Em seguida, é cortada em círculos que são colocados em formas de metal e assados em forno pré-aquecido.
Após o cozimento, as tortas são retiradas das formas e cortadas em metades, que são recheadas com doce de ovos. O doce de ovos é feito com gemas de ovos, açúcar e água, que são cozidos em fogo baixo até obter uma consistência cremosa e espessa.
As metades das tortas são então colocadas de volta juntas e polvilhadas com açúcar de confeiteiro e canela em pó.
As Tortas de Guimarães têm uma textura crocante e delicada, e um sabor doce e suave. São geralmente servidas em pequenas porções, como um doce de sobremesa.
As Tortas de Guimarães são uma sobremesa muito popular na cidade e podem ser encontradas em muitas padarias e confeitarias locais.
Existem algumas variações da receita, como a adição de amêndoas ou nozes picadas à massa ou ao recheio de doce de ovos.
11. Douradinhas de Guimarães
Douradinhas de Guimarães são um doce tradicional da cidade de Guimarães, em Portugal. Sua receita é simples e consiste em apenas alguns ingredientes: farinha de trigo, açúcar, ovos, manteiga, sal, canela e água.
A massa das douradinhas é preparada misturando farinha, açúcar, ovos, manteiga e uma pitada de sal. A água é adicionada aos poucos até que a massa atinja a consistência desejada.
A massa é deixada descansar por um tempo para que os ingredientes se misturem e para que a massa fique mais fácil de trabalhar.
Em seguida, a massa é cortada em pequenos pedaços e moldada em forma de bolinhas. As bolinhas são então achatadas e fritas em óleo quente até ficarem douradas.
Depois de fritas, as Douradinhas são retiradas do óleo e deixadas escorrer em papel absorvente.
Finalmente, as douradinhas são polvilhadas com açúcar e canela em pó e servidas ainda quentes. Elas são crocantes por fora e macias por dentro, e têm um sabor doce e levemente picante da canela.
As douradinhas de Guimarães são tradicionalmente servidas como uma sobremesa ou um lanche da tarde. Elas são uma deliciosa iguaria local e são encontradas em muitas padarias e cafés em Guimarães e em outras partes de Portugal.
12. Suspiros
Os suspiros são uma sobremesa doce e leve, muito popular em Portugal e em outros países. A receita tradicional de suspiros portugueses é bastante simples, com apenas alguns ingredientes básicos: claras de ovo, açúcar e vinagre.
As claras são batidas em neve, geralmente com uma pitada de sal ou cremor tártaro para ajudar a estabilizar a mistura.
Em seguida, o açúcar é adicionado aos poucos, enquanto as claras continuam sendo batidas, até formar um merengue firme e brilhante.
Por fim, é adicionado um pouco de vinagre para ajudar a dar uma textura mais crocante e aerada aos suspiros.
A mistura é então colocada em um saco de confeiteiro com um bico em formato de estrela, e são feitos pequenos montinhos da mistura sobre uma assadeira forrada com papel manteiga.
Os suspiros são então levados ao forno preaquecido a uma temperatura baixa e assados até ficarem crocantes e secos por fora, mas ainda macios e delicados por dentro.
Os suspiros portugueses são geralmente servidos como uma sobremesa leve e crocante, com uma textura aerada e um sabor doce e suave.
Eles são frequentemente consumidos com chá ou café, mas também podem ser utilizados em outras sobremesas, como pavês, mousses ou tortas.
Em Portugal, é comum encontrar suspiros em padarias, confeitarias e mercados, muitas vezes em pequenos saquinhos ou potes decorados para presentear.
13. Bola de Berlim
As bolas de Berlim são uma sobremesa popular em Portugal e consistem em uma bola frita de massa doce recheada com creme de pasteleiro ou chantilly.
A história das bolas de Berlim é incerta, mas acredita-se que tenham sido criadas no início do século 20, inspiradas nas famosas “Berliners”, um doce semelhante muito popular na Alemanha.
A receita das bolas de Berlim inclui farinha, açúcar, ovos, leite, fermento biológico, sal e manteiga, que são misturados para formar uma massa macia e levemente doce.
A massa é então deixada crescer por um tempo antes de ser moldada em bolas e frita em óleo quente até ficarem douradas.
Depois de fritas, as bolas de Berlim são deixadas esfriar um pouco antes de serem recheadas com um creme de pasteleiro suave e doce ou com chantilly.
O recheio é inserido na bola através de um pequeno corte feito com uma faca, que é em seguida polvilhada com açúcar em pó.
As bolas de Berlim são uma sobremesa icônica em Portugal e são encontradas em muitas padarias, cafés e barracas de praia durante o verão. Elas são frequentemente consumidas como um lanche ou sobremesa acompanhadas de um café ou uma bebida fresca.
14. Jesuítas
Os Jesuítas são um doce tradicional de Portugal, com um formato triangular característico e um recheio doce e crocante. Acredita-se que o nome deste doce seja uma homenagem aos padres jesuítas que viveram em Portugal durante o século 16.
A receita dos Jesuítas inclui ingredientes simples, como açúcar, amêndoas, ovos, farinha e manteiga. A massa é preparada misturando açúcar, amêndoas moídas e claras de ovos até formar uma mistura homogênea e consistente.
A farinha é adicionada gradualmente, seguida pela manteiga, que é amassada até formar uma massa macia e lisa.
A massa é então deixada descansar antes de ser esticada e cortada em triângulos. Cada triângulo é recheado com um pouco de açúcar e amêndoas antes de ser dobrado em uma forma triangular e assado no forno até ficar dourado e crocante.
Os Jesuítas são normalmente servidos em cafés e confeitarias portuguesas como um doce para acompanhar o café. Eles também são frequentemente consumidos em ocasiões especiais, como festas de aniversário e casamentos.
Em algumas regiões de Portugal, os Jesuítas podem ser preparados com variações no recheio, adicionando coco, canela ou até mesmo geleia de frutas para dar um sabor
15. Castanha de Ovos de Arouca
A Castanha de Ovos é uma sobremesa típica de Arouca, uma cidade portuguesa na região norte do país.
É uma sobremesa tradicional que consiste em um doce de ovos em formato de castanha, que é mergulhado em açúcar caramelizado.
A receita da Castanha de Ovos inclui ingredientes simples, como açúcar, água e ovos. Os ovos são separados em gemas e claras, sendo as gemas batidas e coadas para obter uma mistura suave e cremosa.
O açúcar é dissolvido em água e levado ao fogo para formar um xarope, que é adicionado lentamente à mistura de gemas, enquanto mexe-se constantemente.
A mistura é então levada ao fogo novamente, mexendo sempre, até engrossar e formar um creme espesso.
A mistura é retirada do fogo e deixada esfriar antes de ser moldada em formato de castanha. As castanhas são então mergulhadas em açúcar caramelizado, que dá a elas uma aparência brilhante e dourada.
A Castanha de Ovos é normalmente consumida como uma sobremesa após uma refeição. É uma sobremesa típica de Arouca e pode ser encontrada em muitas confeitarias e padarias da região, assim como em outras partes do país.
É um doce bastante doce e cremoso, com um sabor delicado e sutil de ovos.
16. Bolo Romano de Braga
O Bolo Romano é uma sobremesa tradicional da cidade de Braga, no norte de Portugal. É um bolo denso e úmido, com um sabor intenso de amêndoas e um toque de vinho do Porto.
A história do Bolo Romano remonta ao século 19, quando um confeiteiro italiano chamado Giovanni Capra se estabeleceu em Braga e criou a receita do bolo.
O bolo tornou-se rapidamente popular na cidade e, ao longo dos anos, tornou-se uma das sobremesas mais conhecidas de Braga.
A receita do Bolo Romano inclui ingredientes como amêndoas, açúcar, ovos, farinha e vinho do Porto. As amêndoas são moídas e misturadas com açúcar para formar uma pasta grossa.
Os ovos são separados em gemas e claras, e as gemas são adicionadas à mistura de amêndoas e açúcar.
A farinha é adicionada gradualmente, seguida pelo vinho do Porto, que dá ao bolo um sabor único e um toque de acidez.
As claras dos ovos são batidas em neve e adicionadas à mistura para dar leveza ao bolo.
A mistura é então despejada em uma forma e assada no forno até que esteja cozida e dourada.
O Bolo Romano é normalmente servido em fatias finas, acompanhado de um café ou um vinho do Porto.
É uma sobremesa popular em Braga e pode ser encontrada em muitas confeitarias e padarias da cidade, assim como em outras partes do país.
17. Folar de Páscoa
O Folar de Páscoa é um doce tradicional português que é consumido durante a época da Páscoa. É um pão doce enriquecido com ovos e aromatizado com erva-doce ou canela.
A receita do folar varia ligeiramente de região para região em Portugal, mas geralmente inclui ingredientes como farinha, açúcar, ovos, leite, manteiga, azeite, sal e erva-doce ou canela.
A origem do Folar de Páscoa remonta à época medieval, quando era costume oferecer aos padres e à nobreza um pão doce para celebrar a Páscoa.
Ao longo dos anos, o folar tornou-se um símbolo da tradição pascal em Portugal e é um doce que é apreciado em todo o país.
A receita básica do folar começa com a mistura de farinha, açúcar, sal, ovos e leite. A massa é amassada e deixada a levedar por algumas horas até dobrar de tamanho.
Depois disso, são adicionados azeite, manteiga e erva-doce ou canela à massa. O folar é então moldado em uma forma redonda e colocado no forno para assar até dourar.
Em algumas regiões de Portugal, o Folar de Páscoa é enriquecido com outros ingredientes, como carne, chouriço ou presunto.
Na região do Algarve, por exemplo, é comum acrescentar chouriço e presunto à massa do folar, tornando-o uma espécie de pão recheado.
O Folar de Páscoa é um doce apreciado em todo o país e é frequentemente oferecido como presente aos amigos e familiares durante a época da Páscoa.
18. Tarte de Amêndoas
Portugal é um grande produtor de amêndoas. Historicamente, muitos doces portugueses – especialmente os que tiveram origem nos conventos e mosteiros do país – usam a farinha e a farinha de amêndoa como um dos ingredientes principais.
A Tarte de Amêndoa é uma sobremesa tradicional portuguesa, que é apreciada em todo o país. A sua origem é incerta, mas sabe-se que é um doce que existe há muitos anos em Portugal e é um dos doces mais populares do país.
A tarte de amêndoa é feita com uma base de massa quebrada, que é preenchida com um creme de amêndoas e açúcar, e depois polvilhada com amêndoas em fatias ou lâminas.
Os ingredientes básicos incluem farinha, açúcar, manteiga, ovos e amêndoas, mas podem variar ligeiramente de receita para receita.
Para fazer a massa quebrada, são necessários farinha, manteiga, açúcar e ovos. A massa é amassada e depois deixada a descansar por algum tempo.
Depois, é estendida e colocada em uma forma de tarte. A seguir, prepara-se o creme de amêndoa, que é feito com amêndoas moídas, açúcar, ovos e manteiga.
O creme é colocado na base da tarte e as amêndoas fatiadas são polvilhadas por cima. A tarte é então levada ao forno para assar.
Algumas receitas de tarte de amêndoa podem incluir outros ingredientes, como canela ou limão, para dar sabor ao creme de amêndoa.
É também comum adicionar um pouco de vinho do Porto ou aguardente à massa quebrada para dar um toque especial à sobremesa.
A Tarte de Amêndoa é uma sobremesa que pode ser encontrada em muitas pastelarias e restaurantes em Portugal, e é frequentemente servida em ocasiões especiais, como casamentos e festas de aniversário.
É uma sobremesa que é apreciada por muitos portugueses e é um símbolo da doçaria tradicional portuguesa.
19. Cavacas
As cavacas são um doce tradicional da cidade de Aveiro, em Portugal. São biscoitos secos, crocantes por fora e macios por dentro, cobertos com açúcar em pó. São uma iguaria muito popular na região e podem ser encontradas em praticamente todas as pastelarias locais.
Os ingredientes básicos para a preparação das cavacas são ovos, açúcar, farinha, fermento e água. A massa é amassada e depois deixada a descansar.
Em seguida, a massa é moldada em pequenas formas ou bolas e cozida no forno a uma temperatura elevada, o que faz com que cresçam e fiquem crocantes por fora.
Depois de assadas, as cavacas são cobertas com açúcar em pó, o que lhes confere uma aparência branca e açucarada. Algumas receitas podem incluir a adição de outros ingredientes, como coco ralado, canela ou limão, para dar um sabor extra aos biscoitos.
As cavacas são frequentemente servidas como acompanhamento de bebidas, como café ou chá, ou simplesmente como um lanche doce.
São um símbolo da doçaria tradicional da cidade de Aveiro e são muito apreciadas pelos moradores locais e pelos turistas que visitam a região.
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