Os 17 melhores pratos portugueses que você precisa experimentar

A gastronomia portuguesa é fortemente influenciada pela cozinha mediterrânica, baseando-se  em grande medida nos frutos do mar. Do bacalhau seco e salgado às sardinhas crocantes e inteiras, esses são pratos que não podem faltar na sua estadia em Portugal.

Rica em frutos do mar, azeite e especiarias, a culinária portuguesa depende fortemente dos produtos cultivados em todo o país e do vizinho Oceano Atlântico.

Uma viagem por Portugal irá oferecer ao visitante sabores de polvo inteiro regado com azeite, sopas deliciosas com carne e feijão, e as famosas sanduíches do norte, as “francesinhas”, recheadas com rodelas de chouriço do diâmetro de uma moeda.

Em Lisboa, a capital do país, as ruas calcetadas fervilham de restaurantes que oferecem o bacalhau “nadando” no azeite de oliva e doces conventuais de lamber os beiços.

Conheça os pratos e sobremesas mais famosos que você precisa experimentar quando for a Portugal.

Cataplana à Algarvia

Originaria do Algarve, a cataplana é um banquete de frutos do mar. O prato assim se chama por causa da panela de cobre em que é cozinhado – uma panela com duas faces arredondadas e unidas por uma dobradiça que abre e fecha como se fosse uma amêijoa – onde são estufados alhos, tomates e cebolas, regados ao vinho branco, amêijoas, rodelas de chouriço e camarões gigantes inteiros.

Sardinhas grelhadas

As sardinhas grelhadas são oferecidas na festa de Santo António

Muitas vezes encontradas como a grande atração nas festas populares de verão pelo país inteiro, as sardinhas são grelhadas inteiras em uma grelha de fogo aberto, temperadas apenas com uma pitada de sal grosso marinho.

Faça como os portuguesas e coma as sardinhas inteiras: segura a cabeça numa mão e a cauda na outra, morda a sardinha de lado, evitando as espinhas.

A cidade de Lisboa celebra as sardinhas na Festa de Santo Antônio, também chamada de “Festival da Sardinha” – um evento de verão onde as sardinhas são vendidas inteiras dentro de um pãozinho.

Cozido à portuguesa

O cozido à portuguesa é um cozido tradicional. Embora os ingredientes mudem com frequência, dependendo da região onde é preparado, este é essencialmente um prato de carnes, enchidos e legumes, tudo junto e misturado, cozidos lentamente.

No sul de Portugal, o cozido é feito com borrego, frango, batata e hortelã, enquanto no nordeste do país ele leva farinheira, morcela e alheira, que são ingredientes que, se você nunca ouviu falar, não sabe o que está perdendo.

Arroz de tamboril

Tamboril é um peixe de águas profundas que, embora não seja tão famoso quanto o bacalhau, é onipresente na culinária portuguesa.

Semelhante ao risoto – com pedaços de peixe misturados em um ensopado de tomate que envolve o arroz e temperado com alho – é mais frequentemente encontrado nas cidades costeiras de todo o país.

Açorda

Açorda de mariscos vem do Alentejo

Comida típica dos agricultores alentejanos, a açorda é confeccionada com pão do dia anterior e amassada com alho, azeite, vinagre, coentro e ovos escalfados.

O Alentejo é a maior região portuguesa, repleta de campos destinados à agricultura, com muitas vinhas. Os seus habitantes são principalmente trabalhadores do campo, que inventaram a açorda por causa dos seus ingredientes baratos e que podia ser personalizada com qualquer outra coisa que tivessem à mão.

Ao longo da costa alentejana, camarão e outros frutos do mar, como ovas, podem ser acrescentados ao prato, enquanto que, no interior, o mais provável é que seja preparada com pedaços de carne oriunda da caça, uma tradição portuguesa.

Peixinhos da horta

Peixinhos da horta com molho de moranga

Embora a culinária portuguesa seja essencialmente composta por pratos de carne ou pescado, os “peixinhos” da horta são um prato vegetariano.

O prato é composto por legumes que foram cultivados em uma horta, que depois são empanados e fritos até ficarem dourados e crocantes, e que lembram peixinhos coloridos.

O vegetal tradicionalmente utilizado é o “feijão verde”, que é como os portugueses chamam a nossa vagem brasileira, mas que pode ser substituído por outros vegetais, como pimentão ou abóbora.

Há séculos que os portugueses preparam esse prato, que foi levado aos Japão por missionários portugueses no século 16, dando origem ao prato japonês hoje conhecido como “tempura”.

Sopa de cação

De origem alentejana, esta sopa verde ganha a cor dos coentros, sendo um caldo verde temperado com alho, louro, limão e vinagre, com pedaços de cação. A sopa costuma ser servida acompanhada com a broa, que é um pão feito a partir da farinha de milho.

Feijoada

Feijoada à Transmontana

Reza a história que, em em tempos idos, a fome grassava no norte de Portugal, e surgiu a necessidade de aproveitar os restos  do porco: as orelhas, as patas, o focinho, o rabo… e o que mais havia disponível, como é o caso do feijão.

Entre a fome e a magia da cozinha, juntando os ingredientes num refogado e cozinhando lentamente, foi assim que surgiu a feijoada!

Aos poucos, a feijoada foi sendo adaptada e acrescentada com o que havia em cada região do país. No Minho e Douro Litoral, no norte do país, era preparada com feijão branco. Na feijoada à transmontana, o feijão branco foi substituído pelo vermelho e acrescentou-se a cenoura, o tomate e o repolho.

Em cada região de Portugal, uma coisa é alterada: numas zonas menos legumes, noutras mais enchidos. O acompanhamento é igual em todo o país e quase obrigatório, o arroz branco. Qualquer semelhança com a feijoada brasileira não é mera coincidência.

Porco preto

O presunto pata negra vem de porcos pretos ibéricos

O porco preto ibérico, também conhecido como porco alentejano, é um porco doméstico comum das regiões do centro e sul de Portugal e Espanha.

Pois esse porco caipira é a estrela de vários pratos, como plumas de porco preto (costeletas de porco geralmente servidas com salada e batatas fritas) ou presunto pata negra (fatias finas de presunto curado e defumado).

Sopa da Pedra

Reza a lenda que um monge peregrino não tinha o que comer e por isso, para não passar fome, limpou uma pedra e a colocou na água para ferver.

Quando alguns aldeões passaram pelo monge, tiveram tanta pena dele que acrescentam ingredientes para engrossar a sopa, como feijão, batatas e pedaços de carne, transformando um ensopado de pobre num verdadeiro banquete.

Assim que terminou o preparo da sopa, o monge convidou os aldeões para se juntarem a ele para uma refeição. A história ainda hoje é contada e tem uma dupla moral: a importância de compartilhar a comida com os amigos e a sopa que, como na lenda, pode ser preparada com uma infinidade de ingredientes.

Alheira de Mirandela

A alheira é uma espécie de enchido que mistura pão com carne, mas que não é a carne de porco. Isso porque, quando os judeus foram expulsos de Portugal no século 18, os que permaneceram no país tiveram que se converter ao cristianismo.

Porém, muitos dos judeus convertidos não abandonaram suas crenças nem a sua gastronomia, o que, para um judeu, significava evitar a carne de porco.

A fim de convencer os vizinhos que haviam realmente se convertido, esses judeus confeccionavam salsichas que se disfarçavam de produtos com carne de porco, mas em realidade eram feitas com uma mistura de pão e carnes de vaca ou caça silvestre.

Hoje em dia, as alheiras são assadas ou grelhadas, acompanhadas por batatas fritas e um ovo frito.

Bacalhau

Bacalhau à Gomes de Sá

 

O bacalhau é onipresente no país e pode ser encontrado na imensa maioria dos restaurantes. Como você poderá perceber in loco, há mais formas de preparar o bacalhau do que dias do ano. Ele é conhecido como o “fiel amigo”.

Caldeirada de enguias

A cidade costeira de Aveiro é famosa pela pesca da enguia. Os restaurantes do burgo são conhecidos por preparar a caldeirada de enguias, um ensopado de enguias com batatas, cebola, tiras de pimentão e temperado com açafrão.

Para realçar os sabores da enguia e dos legumes, o ensopado é na maioria das vezes acompanhado de um copo de vinho branco.

Francesinha

A Francesinha

O sanduíche mais famoso da cidade do Porto, chamado de “francesinha”, é constituído por duas grossas fatias de pão de forma, recheado com carne bovina, salsicha fresca, linguiça, fiambre (uma espécie de presunto) e queijo.

Coberta com queijo, a francesinha é levada ao forno até derreter, sendo depois adicionado o famoso molho quente e um pouco picante à base de tomate, vinho do porto e cerveja preta. Costuma-se servir com batata frita e colocar um ovo estrelado por cima.

Pastéis de nata

Os famosos doces são feitos com uma massa folhada, recheados com um creme amarelo feito à base de leite, ovos, canela e raspinha de limão e assados até dourar. São consumidos no café da manhã, como lanche ou sobremesa, e podem ser encontrados em qualquer padaria, confeitaria ou até mesmo nos cafés. Mas a receita original você só encontra na Casa do Pastel de Belém, que funciona em Lisboa desde 1837.

Polvo à lagareiro

Para fazer esse prato, um polvo inteiro é cozido e depois assado no forno. Os tentáculos do animal, temperados com azeite e alho, ficam crocantes pelo tempo passado dentro do forno. É servido com batatas assadas e coentro picadinho.

Posta mirandesa

A posta mirandesa é a resposta portuguesa ao bife fiorentina italiano e ao ao bife chateaubriand francês. A carne  usada no prato é proveniente dos vitelos criados ao ar livre, provenientes diretamente de Trás-os-Montes, e que são bezerros abatidos até os 20 meses de idade. O lombo grosso é grelhado no fogo e acompanhado por batatas fatiadas e verduras salteadas.

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