Peniche é uma cidade litorânea de Portugal situada a menos de 100 quilômetros de Lisboa. Ela é conhecida pelas suas belas praias, que atraem banhistas e surfistas de todo o mundo devido às ondas propícias para a prática do esporte. No entanto, a partir de Peniche, é possível chegar a um destino ainda mais incrível: o Arquipélago das Berlengas.
Localizado a cerca de trinta minutos de barco de Peniche, o Arquipélago das Berlengas é composto por três ilhas principais e algumas ilhotas menores.
A principal ilha é a Berlenga Grande, e a paisagem é tão deslumbrante que mal se vê o tempo passar, especialmente em dias ensolarados. A região é influenciada pelos climas Mediterrâneo e Atlântico, o que faz com que ela tenha fauna e flora únicas no mundo.
Devido à sua importância ambiental, o Arquipélago das Berlengas foi transformado em uma Reserva Natural, o que o torna um refúgio muito exclusivo e tranquilo da costa portuguesa.
Por isso, há um limite de visitantes diários e as visitas são realizadas apenas entre maio e setembro, nos meses mais quentes do ano. A ilha é pequena, com apenas 1.500 metros de comprimento e 800 metros de largura, mas há muito o que ver e fazer por lá.
Além disso, a reserva é um ótimo lugar para o mergulho, já que a vida marinha é extremamente rica, com diversas espécies de peixes multicoloridos. Os arredores da ilha também são repletos de navios naufragados, o que garante um cenário incrível para a prática do esporte.
Resumindo, o Arquipélago das Berlengas é um destino imperdível para quem deseja conhecer a beleza natural e a rica vida marinha de Portugal. Além disso, a exclusividade do local, com um limite diário de visitantes, torna a experiência ainda mais especial e única.
Grutas, trilhas e construções nas Berlengas
Além das praias e da vida marinha, o Arquipélago das Berlengas oferece uma série de atividades para os visitantes. Entre elas, a exploração das grutas é uma das mais populares.
A mais famosa é a Furado Grande, que atravessa praticamente toda a ilha, oferecendo um espetáculo natural surpreendente.
Outra gruta muito amada pelos turistas é a Cova do Sonho, enquanto a Furado Pequeno só pode ser visitada quando a maré está baixa. Essas grutas são acessíveis pelo mar e proporcionam um passeio emocionante e inesquecível.
Além das grutas, as trilhas são outra opção para os visitantes da ilha. É possível caminhar pela ilha e explorar as suas belezas naturais, além de passeios de barco para observar golfinhos e baleias que nadam livremente na região.
Essa atividade proporciona um contato mais próximo com a natureza e permite ao visitante uma perspectiva diferente da ilha.
Entre as construções que chamam a atenção no destino está o Forte de São João Baptista, construído no século 17 para defender o território português de ataques inimigos.
Com uma estrutura imponente, cercada pelo mar de cor vívida, é um belíssimo ponto de observação e um convite para se imaginar a história do lugar.
Outra construção que vale a pena visitar é o Farol das Berlengas, com 29 metros de altura. Construído em 1840, ainda funciona e é alimentado apenas por energia solar desde 2001. É um ótimo lugar para admirar a vista panorâmica do arquipélago e tirar fotos incríveis.
Um pouco de história
A história das Berlengas remonta há séculos atrás, quando a ilha foi utilizada como um ponto estratégico de defesa da costa portuguesa.
No século 17, foi construído o Forte de São João Baptista para proteger a região dos ataques inimigos. Posteriormente, durante o século 19, a ilha tornou-se um importante ponto de pesca de sardinha e cavala.
No entanto, ao longo dos anos, a pesca excessiva e outras atividades humanas começaram a afetar negativamente a fauna e flora das Berlengas, ameaçando a sua biodiversidade.
Em 1981, foi criada a Reserva Natural das Berlengas, com o objetivo de proteger e preservar a ilha e seus ecossistemas.
Desde então, a ilha tornou-se um refúgio exclusivo e tranquilo da costa portuguesa, limitando o número de visitantes diários e restringindo as visitas aos meses mais quentes do ano.
A reserva natural é um exemplo de preservação da natureza em um mundo em que a exploração excessiva dos recursos naturais tem se mostrado cada vez mais preocupante.
Graças a essa iniciativa, a fauna e flora únicas das Berlengas têm sido protegidas e, hoje, é possível observar diversas espécies de aves, peixes e plantas que só existem nessa região do mundo.
As atividades turísticas na ilha são realizadas com cuidado e respeito ao meio ambiente, garantindo que as gerações futuras também possam desfrutar dessa riqueza natural.
Confira outras fotos das Berlengas:
Como chegar às Berlengas
Existem diferentes formas de chegar às Berlengas a partir de Lisboa e do Porto.
De Lisboa, a maneira mais comum é pegar um ônibus ou carro até Peniche, que fica a cerca de 100 km da capital portuguesa. Em Peniche, é possível pegar um barco que leva cerca de 30 minutos até a ilha principal, Berlenga Grande.
Há diversas empresas que oferecem esse serviço, com saídas regulares durante os meses de maio a setembro, que é a temporada turística. Os valores podem variar de acordo com a época do ano e a empresa escolhida, mas geralmente custam em torno de 20 a 30 euros por pessoa.
Do Porto, a opção mais prática é pegar um carro ou ônibus até Peniche, que fica a cerca de 250 km da cidade. Assim como em Lisboa, é possível pegar um barco em Peniche para chegar às Berlengas.
É importante lembrar que a viagem de carro ou ônibus do Porto até Peniche pode levar cerca de 3 horas ou mais, dependendo do trânsito e das condições da estrada.
Outra opção para quem está no Porto é pegar um trem até a cidade de Coimbra e, de lá, pegar um ônibus até Peniche. A viagem de trem leva cerca de 1h30min e o ônibus, cerca de 1h40min.
Essa opção pode ser mais demorada, mas pode ser interessante para quem quer conhecer Coimbra, uma cidade histórica muito bonita e culturalmente rica em Portugal.
Independentemente da forma escolhida para chegar às Berlengas, é importante se programar com antecedência, especialmente durante a temporada turística, para garantir disponibilidade de vagas nos barcos e evitar imprevistos.
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