Como preparar o seu comprovante financeiro para entrar na Europa

Está planejando uma viagem para a Europa? Seja para aproveitar as férias, fazer um intercâmbio ou trabalhar, é essencial ter todos os documentos necessários para evitar problemas na imigração do aeroporto. Um desses documentos exigidos é o comprovante financeiro para a Europa.

Confira o artigo abaixo e descubra como funciona a apresentação do comprovante financeiro para a Europa e o que você precisa fazer para entrar no continente sem complicações. Vamos nessa?

Pergunta Resposta
Precisa de comprovante financeiro para entrar na Europa? Sim, é necessário apresentar evidências de que possui os meios financeiros para se sustentar durante a estadia.
Quanto precisa comprovar para entrar como turista? O montante necessário varia de acordo com o país de entrada. No artigo a seguir, fornecemos alguns exemplos para sua referência.
Quais documentos são aceitos como comprovante? São aceitos diferentes tipos de documentos como comprovantes: dinheiro em espécie, extratos bancários e de cartão de crédito, saldo disponível em contas-correntes e internacionais, além do limite do seu cartão de crédito.

É obrigatório possuir um comprovante financeiro ao viajar para a Europa?

Sim, o comprovante financeiro é um requisito essencial para todos os estrangeiros que têm a intenção de ingressar em qualquer país do continente europeu.

A finalidade principal desse comprovante é demonstrar que o viajante dispõe dos recursos necessários para cobrir todas as despesas durante o período de permanência na Europa. Essa medida tem por objetivo assegurar que os governos locais não precisem assumir as despesas relacionadas aos turistas que estejam no país. Adicionalmente, a falta de meios para se sustentar durante a estadia pode levantar suspeitas de que o indivíduo não tem a intenção de deixar a Europa após sua chegada.

A obrigação de apresentar o comprovante financeiro recai sobre os agentes de imigração do país de destino. Ainda que nem sempre esses oficiais solicitem tais documentos, a falta deles quando requisitados pode resultar na recusa de entrada no país. Por esse motivo, é absolutamente essencial nunca realizar uma viagem sem estar de posse desse documento.

Documentos aceitos como comprovante financeiro para a Europa

Quando se trata de entrar no continente europeu, é imperativo apresentar o comprovante financeiro que ateste a sua capacidade de sustentação durante a estadia. A falta desse respaldo financeiro pode levantar suspeitas quanto à sua habilidade para arcar com os custos da viagem e até sobre suas intenções de retornar ao seu país de origem.

Dentre os documentos que são considerados válidos como comprovantes financeiros para a entrada na Europa, destacam-se:

  1. Dinheiro em espécie;
  2. Extratos bancários e de cartão de crédito;
  3. Saldo disponível na conta-corrente;
  4. Saldo em conta internacional;
  5. O limite do seu cartão de crédito;
  6. Saldo em um cartão pré-pago internacional, caso possua.

É essencial não depender da disponibilidade de internet, energia ou outros fatores ao mostrar os documentos. Portanto, é recomendado que todos os documentos sejam impressos e mantidos à mão.

Tenha em mente a importância da organização. Guarde seus documentos e papéis de maneira ordenada em um envelope ou pasta, para agilizar o processo caso seja solicitado a apresentá-los ao agente de imigração.

Quanto é necessário comprovar para entrar na Europa como turista?

O montante mínimo do comprovante financeiro varia conforme o país de destino. Essa variação é estabelecida em conformidade com o custo de vida local. Entretanto, de maneira geral, é requerido que cada indivíduo demonstre possuir pelo menos 70 euros por dia para cobrir os gastos durante a estadia.

Além disso, outro valor de referência crucial é comprovar que há um mínimo de 600 euros disponível para cada pessoa durante todo o período da viagem, mesmo que a permanência seja breve. Por essa razão, é aconselhável carregar uma quantia em dinheiro físico ou disponibilidade em conta de débito. Não obstante, é importante lembrar de realizar a troca de moeda antes de iniciar a viagem.

Abaixo, estão indicados os valores mínimos do comprovante financeiro para alguns dos principais países europeus.

Qual é o valor mínimo exigido em Portugal?

De acordo com as informações do Consulado Geral de Portugal em São Paulo, é necessário que cada indivíduo tenha pelo menos 75 euros ao entrar no país e seja capaz de comprovar a posse de 40 euros por cada dia de permanência. Isso significa que, por exemplo, para uma estadia de 15 dias em Portugal, é fundamental possuir 675 euros, correspondendo aproximadamente a R$ 3.678,68 (considerando a cotação de 1 euro = R$5,45 em agosto de 2023).

É importante destacar que em Portugal não é obrigatório apresentar o comprovante financeiro se você possuir uma carta-convite ou um documento assinado por um cidadão português ou estrangeiro com residência legal no país.

E quanto ao valor mínimo necessário na Espanha?

De acordo com o Consulado-Geral do Brasil em Barcelona, é requerido um montante mínimo de 90 euros por dia/pessoa, com um total mínimo de 810 euros ou o equivalente legal em moeda estrangeira.

E qual é o valor mínimo necessário para a França?

A Embaixada da França no Brasil recomenda que cada pessoa possua a capacidade de comprovar os seguintes valores:

Situação de Viagem Valor
Tenha reserva de hotel 65 euros por dia
Não tenha reserva de hotel 120 euros por dia
Reserva parcial (não cobre toda a estadia) 65 euros por dia de reserva e 120 euros para o restante da estadia
Hospedagem na casa de amigo ou familiar 32,50 euros por dia

Qual é o montante mínimo necessário na Itália?

Para entrar na Itália, é imprescindível demonstrar a disponibilidade de recursos suficientes para assegurar a subsistência durante o período da estadia e para viabilizar o retorno ao país de origem. No entanto, aqueles que estão indo por motivos de trabalho não estão obrigados a apresentar tal comprovante financeiro.

Apesar disso, nos portais governamentais italianos e até mesmo nos dados disponíveis no Consulado Brasileiro, não existem informações concretas sobre o valor mínimo exigido. Entretanto, uma sugestão prudente é carregar, no mínimo, cerca de 60 euros por dia de viagem.

E quanto ao valor mínimo necessário na Inglaterra?

A moeda da Inglaterra é a Libra, o que a diferencia das demais nações europeias. Dado que a Libra tem um valor mais elevado, os custos associados são relativamente mais altos para os viajantes brasileiros.

É aconselhável portar uma quantia em espécie, aproximadamente 500 libras por semana por pessoa, visando reduzir o impacto das taxas de câmbio e cobrir pequenas despesas diárias. Não obstante, não existem informações oficiais acerca do valor mínimo exigido por dia de viagem, logo, deve-se fazer uso do bom senso.

Ademais, é relevante considerar que, além do requisito de valor mínimo, há também um limite máximo: cada indivíduo pode transportar até R$10 mil (ou o equivalente em moeda estrangeira) em dinheiro físico sem a necessidade de declarar a quantia à Receita Federal.

É necessário ter um comprovante financeiro ao decidir morar na Europa?

De maneira geral, os requisitos documentais para residir na Europa se assemelham aos daqueles que viajam com fins turísticos. A distinção reside no fato de que é necessário obter um visto específico para estabelecer a residência no continente.

Em relação ao comprovante financeiro para residência na Europa, pode ser essencial demonstrar que você dispõe dos recursos financeiros necessários para sustentar-se no continente, caso sua estada não seja vinculada a trabalho. É possível apresentar documentos como holerites ou comprovantes de limite de crédito do cartão, por exemplo.

Alternativamente, no caso de estudantes, pode ser exigida uma declaração autenticada que ateste o suporte financeiro provido pelos pais durante a permanência no país.

Os demais documentos necessários incluem:

  1. Passaporte válido;
  2. Visto ou autorização de residência específico para estudo, trabalho ou investimento;
  3. Seguro de viagem com cobertura para todo o período de estadia. Para esse cenário, é requerido um seguro de viagem de longa duração;
  4. Comprovante de acomodação ou carta-convite;
  5. Carta de aceitação da instituição de ensino, caso você esteja indo estudar na Europa;
  6. Declaração da empresa, se a finalidade da viagem for trabalhar na Europa.

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Outros documentos necessários para entrar na Europa

Quando se planeja ingressar em um país estrangeiro, é essencial apresentar diversos documentos essenciais para confirmar sua identidade e intenções durante a estadia. Assim, além da comprovação financeira, há uma série de outros documentos que são requeridos para viajar para a Europa:

  1. Passaporte válido: no contexto dos países que integram o Tratado de Schengen, seu passaporte precisa ter uma validade de no mínimo três meses após a data prevista para o término da viagem. É necessário também que contenha, no mínimo, duas páginas em branco.
  2. Seguro viagem: é obrigatório possuir um seguro com uma cobertura de pelo menos 30.000 euros ao entrar nos países que são signatários do Tratado de Schengen. Recomendamos cotar o seu seguro de viagem aqui.
  3. Comprovante de hospedagem: é fundamental reservar seu alojamento ainda no Brasil. Certifique-se de imprimir e levar consigo todos os comprovantes de reserva, pois as autoridades locais desejam saber onde você ficará hospedado.
  4. Carta convite: caso esteja indo a convite de um amigo, familiar ou instituição em vez de pagar por um hotel por conta própria, é necessário apresentar uma carta convite. Este documento é assinado pelo seu anfitrião e atesta a responsabilidade por receber você.
  5. Passagem de retorno: possuir uma passagem de volta é um requisito obrigatório na lista de documentos para viajar para a Europa. A passagem pode ser de retorno ao Brasil ou para qualquer outro destino fora da Europa.
  6. Visto: dependendo da finalidade da viagem e do destino específico, a obtenção de um visto para a Europa pode ser necessária. Certifique-se das exigências de visto conforme o motivo da sua viagem e o país de destino.

Algumas dicas adicionais a considerar

É de suma importância garantir que, para além de ter todos os documentos indispensáveis para ingressar na Europa, você também seja capaz de evidenciar sua capacidade financeira para entrar no continente e manter-se durante o período da viagem.

Mesmo que já tenha liquidado todas as suas despesas e esteja portando uma quantia mais do que suficiente, é prudente manter o comprovante financeiro para a Europa à mão. A abordagem mais sensata é consolidar todas as informações pertinentes a fim de que possam ser verificadas e confirmar que todos os detalhes estão de acordo com os requisitos legais.

Se eu não tiver o comprovante financeiro para entrar na Europa, posso ser impedido na imigração?

Sim, é possível. Caso o agente de imigração solicite um comprovante financeiro e você não possua um, existe a possibilidade de que a entrada no país seja negada. De fato, no último ano com dados divulgados, em 2018, aproximadamente 4.984 cidadãos brasileiros foram impedidos de entrar na União Europeia. Essas estatísticas foram registradas pela Frontex, a agência europeia responsável pelo controle das fronteiras do bloco.

Segundo a agência, a maior parte das recusas de entrada para brasileiros ocorreu devido à ausência de um visto válido ou permissão de residência, assim como à falta de documentos que justifiquem o propósito da viagem ou as condições de permanência.

É  muito importante não subestimar essa exigência. Caso você, por qualquer motivo, chame a atenção das autoridades de imigração, pode acabar enfrentando atrasos consideráveis até ser liberado ou, pior ainda, ser instruído a retornar ao seu ponto de origem, o que indubitavelmente causará transtornos significativos ao seu itinerário.

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