Paços de Ferreira é uma cidade industrial portuguesa, situada no norte do país, conhecida como a “Capital do Móvel” por ser o mais importante centro de produção de mobiliário em Portugal.
Com mais de 5 mil empresas do ramo do mobiliário, entre elas a sede da manufatura portuguesa da Ikea, Paços de Ferreira possui a maior área de exposição e venda de móveis da Europa, sendo um bom destino para quem procura um lugar em Portugal para trabalhar e viver.
Em termos culturais e históricos, se destacam a Rota do Românico do Vale do Sousa e algumas igrejas com mais de mil anos de história esperando para serem visitadas.
A tudo isso, acrescente as emocionantes ruínas de uma cidade perdida e um time de futebol que joga na 1ª divisão portuguesa.
Confira abaixo as 15 melhores coisas para fazer em Paços de Ferreira:
1. Citânia de Sanfins
Paços de Ferreira abriga as ruínas de uma cidade que foi fundada por tribos celtas que dominaram este recanto da Península Ibérica antes da chegada dos romanos.
A Citânia de Sanfins é uma importante estação arqueológica que remonta à Idade do Ferro. Com uma área superior a 15 hectares, foi um povoado fortificado que desenvolveu um tipo particular de assentamentos, chamados de “castros”.
Historiadores classificam o local como uma das grandes aldeias fortificadas da Península Ibérica, que surgiu por volta do século I a.C., onde chegaram a habitar cerca de 3 mil pessoas, uma população com grande vocação guerreira e que vivia de trabalhar o ferro.
2. Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins
Junto às ruínas de Citânia de Sanfins, se encontra o museu arqueológico onde é possível conhecer a história e a cronologia deste misterioso lugar.
O prédio do museu também merece ser mencionado, pois é uma mansão do século 18 que foi posteriormente ampliada por um nobre português que fez fortuna no Brasil.
No museu, as galerias expõem detalhes sobre as escavações arqueológicas que começaram em 1944 e se prolongaram por 5 décadas de trabalho arqueológico.
No local, você saberá mais sobre as pessoas que habitaram a região no passado, seus costumes e comércios com culturas tão distantes como o Oriente Médio.
3. Mosteiro de São Pedro de Ferreira
O ponto alto de Paços de Ferreira é a igreja do mosteiro de São Pedro de Ferreira, um dos monumentos mais expressivos do românico português.
O mosteiro é um dos monumentos da Rota do Românico, um percurso de 21 igrejas, mosteiros e capelas ao longo do Vale do Souza. A igreja românica é um testemunho impressionante da arquitetura do século 12, que conjuga em harmonia estilos oriundos de diversas regiões.
No interior do templo, pode-se observar a pia batismal manuelina e a imagem policromada de São Pedro, ambas quinhentistas.
4. Dólmen de Lamoso
Situado nas proximidades do lugar de Condominhas, freguesia de Lamoso, encontra-se um monumento megalítico datado do 3º milênio antes de Cristo.
Também chamado de Anta de Leira Longa, se trata de um monumento funerário, cuja câmara de planta poligonal é constituída por esteios, que suportam uma estrutura fragmentada, com um comprimento de 2.30m. por 2.80m. de largura e ainda com tampa de cobertura, uma enorme laje sustentada por nove pilares.
5. Museu do Móvel
Conhecida como “Capital do Móvel”, a cidade de Paços de Ferreira tem no seu museu municipal um centro interpretativo da região desde as origens até a idade contemporânea.
No museu, instalado no antigo paço municipal, estão expostas peças de mobiliários bem como os instrumentos para a sua confecção, com especial incidência no mobiliário escolar.
No local, há camas antigas, sofás, cadeiras, armários, cômodas com tampos de mármore, todos feitos de maneira artesanal, além de um extenso conjunto de ferramentas como serras, manuais e mecânicas, plainas de madeira, tornos antigos e bancadas de trabalho.
6. Capela de São Francisco
Em Freamunde, freguesia do município de Paços de Ferreira, esta capela do século 18 é própria das grandes confrarias da época e está inserida em um conjunto do qual fazem parte uma cerca e a Casa Hospício.
Além de sua arquitetura, a grande atração da capela é o órgão de tubos, um instrumento típico ibérico que foi construído no início do século 19 por Manuel de Sá Couto, um organista que viveu nessa época e construiu outros órgãos do da região do Porto, como o da Igreja da Ordem Terceira de S. Francisco ou o da Senhora da Abadia de Braga.
7. Pelourinho de Paços de Ferreira
Nas cidades portuguesas medievais, os pelourinhos tinham um significado jurídico, administrativo e político: simbolizavam a autonomia da cidade e também serviam para punir criminosos em público.
O pelourinho de Paços de Ferreira está localizado em um pequeno jardim em frente aos antigos Paços do Concelho, hoje Museu do Móvel.
O monumento foi esculpido em granito no século 18, substituindo um anterior do século 13, e inclui uma coluna dórica e um capitel com as armas nacionais portuguesas abaixo da coroa real.
8. Miradouro do Monte do Pilar
Num dos pontos mais elevados do concelho de Paços de Ferreira, em Penamaior, na estrada para Santo Tirso, o miradouro do Monte do Pilar permite, em dias claros, vislumbrar o mar e as cidades do Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos e até o arranha-céu da Maia, o quinto maior de Portugal, com 92 metros de altura.
Localizado a 500 metros acima do nível do mar, o miradouro ainda chama a atenção pela grande estátua do Cristo Rei, além de uma pequena capela, uma área de piquenique e um pôr-do-sol deslumbrante.
9. Igreja Matriz de Carvalhosa
De origem medieval, essa igreja foi ampliada no início do século 17, tornando o edifício uma esquisitice, pois é uma igreja que possui duas naves idênticas, uma ao lado da outra.
A fachada é sóbria, sem ornamentação, exceto por uma imagem gótica de pedra de São João, padroeiro da igreja. Dentro dela, chama a atenção a Árvore de Jessé do século 18, um símbolo icônico do Natal.
10. Castro do Monte Padrão
O Castro do Monte Padrão – ou apenas Castro do Padrão – é constituído por vestígios de uma povoação fortificada que fica num dos pontos mais elevados do Monte Padrão, na freguesia de Monte Córdova, a cerca de 7 km a sudeste de Santo Tirso.
O povoado é dos mais antigos da região e terá sido fundado no século 9 a.C. e povoado até a Baixa Idade Média. No local, há um centro de interpretação, onde é possível observar a cronologia do local e artefatos encontrados nas escavações.
11. FC Paços de Ferreira
O Futebol Clube Paços de Ferreira não tem a mesma projeção de um Benfica, Sporting ou Porto, mas joga na primeira liga portuguesa há mais de uma década.
Em 2013, o time surpreendeu tudo e todos ao quebrar o domínio dos Três Grandes nas primeiras posições da primeira liga, terminando em terceiro e chegando às rodadas de qualificação da Liga dos Campeões.
A renda extra de suas recentes façanhas europeias foi reinvestida no estádio, chamado Estádio Municipal da Capital do Móvel, que em 2017 aumentou a sua capacidade para 9 mil lugares.
A torcida será maior e mais barulhenta quando o clube receber os rivais locais, como o FC Porto ou o Moreirense, ou um time grande como o Benfica.
12. Santo Tirso
Não perca a oportunidade de conhecer Santo Tirso e o seu mosteiro beneditino fundado no ano de 978. Pela sua localização junto ao rio com suas vistosas cascatas, o mosteiro é o ex-libris da cidade, possuidor de um valioso espólio de arte sacra no seu interior e dentro da igreja.
Berço do burgo medieval, o mosteiro dinamizou o desenvolvimento da localidade até o seu encerramento em 1834. Classificado como Monumento Nacional em 1910, o conjunto abarca a Escola Agrícola e a Igreja Paroquial, para além do mosteiro.
O edifício atual é um complexo labiríntico que abriga uma igreja, o museu municipal e repartições de serviço público municipal. Num anexo construído ao lado, está o Museu Internacional de Escultura Contemporânea.
13. Mosteiro de São Pedro de Cete
Se você é daqueles que gosta de Portugal pelos seus monumentos históricos medievais, a atração principal da Rota do Românico está bem pertinho.
O Mosteiro de São Pedro de Cete, que teria sido fundado em finais do século 10, em 985, teria sido uma basílica dedicada a São Pedro e habitado por monges beneditinos.
Ao longo dos séculos, o mosteiro foi sofrendo remodelações, resultando numa mistura dos estilos românico tardio e gótico. De destacar a pia batismal e a capela funerária onde está o túmulo de D. Gonçalo Oveques, com suas paredes revestidas com azulejos mudéjares do século 16.
14. Porto
Ao sair de Paços de Ferreira, é só pegar a A42 que a cidade do Porto estará a cerca de meia hora de caminho. Existem centenas de boas razões para conhecer essa emocionante cidade patrimônio da Unesco.
As atrações são infinitas, desde se perder nos becos estreitos e tortuosos do bairro da Ribeira, com suas ruas de pedra, até aprender a diferença entre o vinho do Porto tawny e o ruby numa adega local.
Há monumentos de muito sucesso como a Igreja dos Clérigos, projetada por Nicolau Nasoni, a estrela do barroco português e a Ponte D. Luís I, desenhada por um fundador da empresa Eiffel.
15. Capão à Freamunde
O Capão à Freamunde é o ex-libris da freguesia de Freamunde, onde vigora desde longa data o costume de castrar o galo ainda jovem para deixá-lo mais tenro e suculento.
Para elaborar o prato, são utilizadas raças e estirpes de crescimento lento, sendo os animais criados em liberdade, com uma alimentação à base de pastagens naturais, complementada com cereais, principalmente o milho.
Freamunde se orgulha tanto dos seus capões que organiza a Feira dos Capões, que remonta aos anos de 1400, tendo sido oficializada por decreto real em 1719.
A feira se inicia no final do mês de novembro, quando os restaurantes de Paços de Ferreira colocam o capão no cardápio e competem para ver quem serve a ave mais saborosa.
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