Os 17 Patrimônios Mundiais da Unesco em Portugal

Portugal é um país com uma história incrível e um notável patrimônio arquitetônico. Para você ter uma ideia, o país abriga dezessete dos mais de mil locais que são patrimônio mundial da Unesco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

Os fascinantes locais galardoados por esta organização incluem monastérios de rara beleza, centros urbanos históricos e até arte rupestre pré-histórica.

Esses lugares especiais vão desde o icônico Vale do Douro e o espetacular Santuário do Bom Jesus do Monte até a extensa floresta laurissilva da Madeira e a paisagem mágica de Sintra e seus palácios de contos de fada.

Alguns desses locais atraem muitos visitantes todos os anos enquanto outros são provavelmente conhecidos apenas pelos viajantes mais aventureiros e persistentes.

Património Mundial da UNESCO em Portugal

Cidade do Porto, no norte de Portugal

A Unesco é uma agência das Nações Unidas sediada em Paris que tem como objetivo apoiar a proteção da propriedade intelectual e cultural da humanidade, elegendo locais que possuem um “excepcional valor universal” na ciência, história ou cultura.

Assim sendo, os patrimônios da Unesco são importantes para o interesse comum do planeta e legalmente protegidos por tratados internacionais.

Existem dois tipos de patrimônio mundial: o cultural, que é composto por monumentos, sítios arqueológicos e edifícios históricos, e o natural, que abarca paisagens naturais, formações geológicas e biológicas e habitats ameaçados de extinção.

Por isso, que tal conhecer alguns desses locais mágicos nas suas próximas férias em Portugal?

Região Vinhateira do Alto Douro

Nenhuma viagem ao norte de Portugal está completa sem uma visita ao Vale do Douro, um local mágico classificado como Patrimônio Mundial da Unesco, com suas paisagens deslumbrantes e vinhos deliciosos.

Os vitivinicultores da região do Alto Douro produzem vinho há cerca de 2 mil anos. O principal produto de exportação da região é vinho do Porto, conhecido pela sua consistência e qualidade desde o século 18.

Essa longa tradição vinícola formou uma paisagem cultural excepcionalmente bela que representa a evolução técnica, social e econômica da produção de vinho do Porto.

Centro Histórico de Angra do Heroísmo, nos Açores

Angra do Heroísmo é a capital da bela Ilha Terceira, uma das nove ilhas vulcânicas que compõem o arquipélago dos Açores em pleno Oceano Atlântico. É sem dúvida uma das cidades mais bonitas de Portugal.

Edifícios históricos e igrejas se alinham em suas ruas calcetadas. Um antigo vulcão extinto se ergue sobre Angra do Heroísmo, facilmente acessível a partir do centro da cidade, de onde é possível vislumbrar paisagens deslumbrantes.

Além disso, duas fortalezas do século 17 são testemunho do domínio espanhol sobre os Açores. Integrado no centro histórico, temos o Jardim Duque de Terceira, repleto de exuberantes plantas exóticas.

Em 1983, a Unesco incluiu Angra do Heroísmo na sua lista de Patrimônios da Humanidade, uma vez que a cidade é um exemplo extraordinário de cidade marítima envolvida em séculos de comércio entre os continentes.

Além disso, é um ótimo exemplo de como a arquitetura e o planejamento urbano se adaptam à geografia e às condições climáticas locais.

A área central de Angra permaneceu praticamente a mesma por quase 500 anos. A sua malha urbana, incluindo ruas e praças, é do século 15. No entanto, a maioria das casas e igrejas foram reconstruídas após o grande terremoto de 1980, onde foram aplicados os mais rigorosos métodos de restauro. A cidade é realmente impressionante.

É muito fácil chegar a Angra do Heroísmo. A maneira mais rápida é de avião a partir de Lisboa. O Aeroporto Internacional das Lajes fica a cerca de 20 quilómetros a noroeste da cidade, perto da Praia da Vitória.

Do aeroporto, você pode pegar um ônibus local para Praia da Vitória e, de lá, um ônibus intermunicipal para Angra do Heroísmo.

Convento de Cristo, em Tomar

O Convento de Cristo em Tomar é um reduto do século 12 da famosa ordem militar dos Cavaleiros Templários. Com a dissolução da Ordem dos Templários, em 1312, pelo papa Clemente V, o castelo medieval e o convento foram entregues aos Cavaleiros da Ordem de Cristo.

Ao longo dos séculos, os reis mais importantes de Portugal ampliaram o convento, com novos pavilhões em vários estilos que exemplificam a mudança dos tempos: românico, gótico, manuelino, renascentista, maneirista e barroco.

Se você gostou de Game of Thrones, vai adorar Tomar. O lugar é lindo e tranquilo, mas com aquela atmosfera que guarda na memória feitos históricos importantes da história de Portugal.

Paisagem Cultural de Sintra

Quinta da Regaleira, em Sintra

Sintra é um exemplo da arquitetura romântica europeia do século 19. O rei Fernando II transformou um antigo mosteiro em um palácio que mescla vários estilos, góticos, egípcios, mouriscos e renascentistas, cercado por um jardim que mistura espécies de árvores locais e exóticas.

Outras edificações nas montanhas circundantes, construídas principalmente de maneira semelhante, criaram uma mistura única de parques e jardins, que contribuíram para a formação de novas ideias em arquitetura paisagística em toda a Europa.

Descrito repetidamente como um lugar de conto de fadas, como resistir a uma viagem de 40 minutos de Lisboa a esta magnífica cidade no sopé da Serra de Sintra? A natureza do lugar produz um ar místico, pois densas florestas verdes parecem esconder segredos mágicos.

No meio de tudo isso você irá encontrar o centro histórico da cidade, listado como Patrimônio Mundial da Unesco, cheio de palácios e prédios de cores vivas.

As torres, cúpulas e pináculos dos palácios são tão intrincados e precisos que você irá se sentir como se estivesse visitando um castelo da Disney.

Há muito para ver em Sintra, a pé, por isso, use o seu calçado mais confortável. Vá até o romântico Palácio Nacional da Pena no topo da colina (as suas paredes amarelas e vermelhas são imperdíveis), caminhe pelo medieval Castelo dos Mouros e descubra mais tesouros no museu do Palácio Nacional de Sintra.

Além de se maravilhar com essas proezas da arquitetura, reserve algum tempo para passear por jardins tirados de um romance de fantasia. Cada pedra respira muita história, por isso desfrute do ambiente especial de Sintra.

Você pode optar por explorar Sintra em um passeio de um dia, que em muitos aspectos é mais confortável e descontraído, mas para quem gosta de fazer isso por conta própria, recomendamos pegar o trem da estação do Rossio em Lisboa até a estação de trem de Sintra e depois passear pelo centro da vila.

Uma vez em Sintra, não deixe de provar as iguarias locais (travesseiros e queijadas) na Casa Piriquita, de apreciar o espetacular Palácio da Pena e explorar a vizinha Quinta da Regaleira.

Centro Histórico de Évora

Templo romano de Évora

Évora é uma bela cidade que fica a apenas cerca de uma hora e meia de distância de Lisboa. Facilmente acessível de trem a partir da capital, Évora fica no coração da região do Alentejo, famosa pela sua gastronomia, vinho e produção de cortiça.

A cidade ganhou o galardão da Unesco em 1986 e é como se fosse uma cápsula do tempo, exibindo a rica história de Portugal em suas ruas calcetadas e arquitetura histórica.

A região em torno de Évora foi habitada de 4000-6000 aC, o que é evidente nos sítios megalíticos próximos, mas foram os romanos que transformaram Évora num importante centro da Península Ibérica.

As ruínas do Templo de Diana oferecem um vislumbre dessa época da história portuguesa, embora Évora realmente tenha florescido durante a idade de ouro de Portugal, a Era dos Descobrimentos.

No século 15, os reis portugueses foram morar em Évora, implementando a construção de palácios reais, universidades e monumentos religiosos pela cidade.

O desenvolvimento de Évora continuou, e enquanto o grande terremoto de 1755 destruiu Lisboa e muitas outras cidades em Portugal, Évora sobreviveu intacta.

Graças à sua sobrevivência, Évora é patrimônio mundial da Unesco, pois oferece uma vitrine maravilhosa da rica história de Portugal, em particular durante a “era de ouro” dos reis portugueses.

Évora também mostra a importante influência da arquitetura portuguesa no Brasil, que é evidente na arquitetura colonial de cidades brasileiras como Salvador da Bahia.

Évora não é só história, mas uma pequena cidade dentro de muralhas, com suas ruas bonitas, comida deliciosa e as vistas deslumbrantes do telhado da catedral.

Uma das coisas mais populares para fazer em Évora é visitar a Capela dos Ossos. A capela está decorada com os ossos dos monges franciscanos que viveram no mosteiro, que é algo bem macabro mas de uma beleza estranha.

Centro Histórico de Guimarães

Guimarães é uma vila histórica fortemente associada ao desenvolvimento no século 12 da identidade nacional portuguesa. A cidade é um representante muito bem preservado e genuíno do processo evolutivo de uma cidade medieval para uma próspera cidade moderna.

Um tipo distinto de arquitetura originado na região durante a Idade Média foi usado e amplamente aplicado nas colônias portuguesas na África e no Novo Mundo, tornando-se uma marca registrada.

O património mundial de Guimarães é particularmente fascinante pela integridade do seu patrimônio arquitetônico. O núcleo histórico da cidade manteve a sua arquitetura urbana feudal, embora tenham ocorrido algumas alterações durante o período moderno. A continuidade das inovações e a preservação e melhorias progressivas levaram a um ambiente urbano invulgarmente harmonioso.

Conhecida como a cidade onde nasceu Portugal, Guimarães fica a apenas cerca de 50 quilómetros do Porto. De trem, geralmente é a maneira mais barata e fácil de chegar ao local.

Centro Histórico do Porto, Ponte Luiz I e Mosteiro da Serra do Pilar

A cidade do Porto é uma paisagem urbana com 2 mil anos de história construída sobre um promontório rochoso na foz do rio Douro. O seu crescimento ao longo dos séculos pode ser testemunhado nos numerosos e diversos monumentos, desde a grandiosa românica Sé do Porto ao neoclássico Palácio da Bolsa e à tradicional portuguesa Igreja de Santa Clara.

A beleza de explorar o Porto consiste em uma constante descoberta. É uma cidade feita para caminhar – embora as ladeiras íngremes às vezes possam desencorajar os visitantes!

Passear pelas ruas calcetadas, serpenteando por vielas estreitas ou por suas pontes de referência, parando para relaxar em um dos miradouros são as memórias que você vai guardar e que levarão você ao coração da cidade do Porto.

O Porto é uma cidade com muitos encantos e um povo amistoso, que sentimos na simpatia dos seus habitantes, no ritmo lento da vida e no orgulho que sentem do passado e do presente de sua cidade natal.

A fundação urbana do Porto histórico, e os seus muitos edifícios famosos, atestam o desenvolvimento excepcional de uma cidade europeia ao longo dos últimos milênios que teve os seus laços sociais e econômicos sempre voltados para o mar.

Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico

A ilha do Pico, que faz parte do arquipélago dos Açores em Portugal, foi reconhecida pela Unesco como Patrimônio da Humanidade pela sua singular cultura vinícola.

Devido aos ventos fortes, à água do mar e ao difícil solo vulcânico do Pico, os produtores de vinho há muito que recorrem à construção de uma rede espetacular de largos muros de pedra, paralelos com a orla oceânica, que vão desde a costa ao interior da ilha.

Esse tipo de construção, voltada para proteger as vinhas dos ventos e da água do mar, resultou na produção de vinhos com algumas características únicas, mas também em uma paisagem cultural única.

A cultura vinícola do Pico não é a única razão para uma visita. A ilha também é conhecida por seus edifícios típicos construídos com pedra de lava negra, contrastando com os peitoris e portas, normalmente pintados de vermelho brilhante.

Entre os vinhedos, você também pode encontrar moinhos de vento  construídos em estilo típico português. E além da degustação de vinhos, há muitas outras coisas para fazer no Pico, como observação de baleias, exploração de cavernas, caminhadas no Monte Pico (o ponto mais alto de Portugal) e degustação do fantástico marisco fresco encontrado em qualquer lugar da ilha.

A ilha como um todo é realmente uma das joias escondidas de Portugal!

Mosteiro de Alcobaça

Você não esquecerá tão cedo as impressionantes paredes de mármore branco do pátio do claustro do Mosteiro de Alcobaça. Igualmente impressionantes são os seus interiores, com destaque para o refeitório, cujas escadas de acesso ao púlpito são emolduradas por delicados arcos e pilastras.

O mosteiro faz parte da lista da Unesco tanto por sua excelente arquitetura gótica quanto por sua importância histórica. A escola monástica mais importante de Portugal foi fundada no local e o mosteiro esteve fortemente ligado à monarquia portuguesa durante séculos, começando com o primeiro rei, Afonso Henriques.

Mas o monarca mais ligado ao mosteiro é D. Pedro I, aqui sepultado com a sua amante Inês de Castro. A história deles é uma história de amor malfadada que costuma ser chamada de versão portuguesa de Romeu e Julieta, tornada ainda mais trágica porque é verdadeira.

Alcobaça está localizada a meio caminho entre Lisboa e Coimbra. Fica bem perto da cidade medieval de Óbidos e da Batalha e Tomar, lar de mais dois locais tombados pela Unesco em Portugal.

Em vez de tentar visitar todos esses pontos turísticos em um dia de viagem saindo de Lisboa, nós sugerimos pernoitar em Óbidos por uma ou duas noites e visitar os três locais a partir de lá.

Mosteiro da Batalha

O Mosteiro da Batalha é uma das mais belas peças arquitetônicas de Portugal e um patrimônio da Unesco que vale mesmo a pena visitar. Originalmente construído no século 14 em estilo gótico, foi modificado até o século 16 incorporando arte manuelina.

O mosteiro foi declarado Patrimônio Mundial da Unesco em 1983 por sua magnífica arte gótica e por sua história como o centro nacional de arte da monarquia portuguesa.

O mais fascinante neste edifício é o incrível detalhamento das esculturas, dos anjos e dos doze apóstolos ao redor do portal e a talha dos arcos do claustro real que criam belos jogos de luz, fortemente contrastantes com o gótico estilo do outro claustro.

Batalha está localizada ao norte de Lisboa em menos de 2h de carro. É fácil de acessar. Planeje 2 horas para completar o passeio (e mantenha seu ingresso com você, pois precisará dele para entrar nas várias seções).

Você pode incluir esta visita em um tour conjuntamente com a bela vila fortificada de Óbidos, o Mosteiro de Alcobaça e o Convento do Cristo de Tomar.

Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém em Lisboa

Torre de Belém

Esta torre do século às margens do rio Tejo foi construída para proteger a costa dos ataques durante a Era dos Descobrimentos. A parte exterior deste Patrimônio Mundial tem dezenas de esculturas intrincadas, incluindo animais exóticos, símbolos náuticos e esferas.

A Torre de Belém é tão ornamentada que os visitantes passam anos observando os diferentes aspectos da decoração, em particular a escultura gasta de um famoso rinoceronte. Para apreciar totalmente o design, é melhor fazer um passeio de barco para ver toda a volta.

Mosteiro dos Jerônimos

Parte do mesmo patrimônio da Unesco em Belém, este espetacular mosteiro é uma das atrações imperdíveis de Lisboa. Impressionante apenas por seu tamanho, é difícil acreditar que começou como uma pequena capela onde os monges ajudavam os marinheiros prestes a deixar o porto, fornecendo um local para oração e confissão.

Quando Vasco da Gama regressou triunfante da descoberta da Índia, D. Manuel mandou construir o mosteiro no local onde passou a sua última noite. O resultado foi este edifício monumental que permanece não só como uma memória da Era dos Descobrimentos, mas também como um excelente exemplo da arquitetura gótica tardia.

Arte Rupestre Pré-histórica no Vale do Rio Côa

O Vale do Foz Côa e Parque Arqueológico é um sítio arqueológico paleolítico ao ar livre com mais de mil gravuras espalhadas pelo Vale do Côa. O Vale do Côa se localiza no Norte de Portugal, muito perto do Vale do Douro, e a 200 km da cidade do Porto.

As pinturas rupestres pré-históricas foram descobertas durante a construção de uma Barragem no Rio Côa. Como resultado, a construção foi interrompida e o local foi classificado como patrimônio da Unesco em 1998 devido à sua importância histórica. Foi o processo de classificação mais rápido de todos os tempos.

Este é definitivamente um lugar único no mundo, um museu ao ar livre com vistas deslumbrantes sobre o vale, as vinhas e os rios Douro e Côa. Além disso, o parque tem considerável importância histórica, iluminando nosso conhecimento sobre a vida durante o Paleolítico.

Para visitar as gravuras, é preciso agendar um passeio com os guias do parque, que pode ser feito pelo site do museu arqueológico. Durante o passeio, você verá vários desenhos rupestres de cavalos, bovinos e outros animais, figuras humanas e abstratas, datados de 22.000 a 10.000 anos a.C.

Pode ainda visitar o museu, a cerca de 3 km da vila de Foz Côa, onde poderá ver algumas gravuras de Foz Côa e de outros sítios do mundo. Também é um bom lugar para aprender sobre a era paleolítica. A melhor forma de visitar o Vale do Côa é de carro, uma vez que não é acessível por transportes públicos.

É também uma boa oportunidade para visitar o Alto Vale do Douro (outro sítio patrimonial da Unesco), pois fica no caminho.

Real Edifício de Mafra – Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Parque de Caça (Tapada)

Situado a cerca de 30 km a noroeste de Lisboa, este majestoso património mundial em Portugal foi pensado e desenvolvido pelo rei D. João V em 1711 como a manifestação física da sua interpretação da monarquia e do Estado português.

Este impressionante edifício quadrangular abriga os palácios do rei e da rainha, um mosteiro franciscano, uma extensa biblioteca com mais de 36 mil livros e a capela real barroca romana.

Ao todo, são 1.200 cômodos que o tornaram um dos maiores edifícios do mundo na época de sua construção – embora hoje o maior palácio seja o Palácio do Parlamento em Bucareste.

O Real Edifício de Mafra é circundado pelo famoso jardim do Cerco, com o seu arranjo geométrico, e pelo parque de caça real (Tapada).

O palácio é uma das mais extraordinárias realizações iniciadas por D. João V, demonstrando a força e influência do Império Português. João V abraçou elementos compositivos e estéticos do barroco romano e italiano e selecionou obras sob medida que fazem de Mafra um símbolo marcante do estilo barroco italiano.

De Lisboa, há ônibus frequentes que levam até Mafra em uma viagem de cerca de 1 hora.

Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga

O Bom Jesus do Monte é um santuário católico situado em Tenões, nos arredores de Braga. Esse patrimônio protegido pela Unesco é um dos locais de peregrinação mais importantes do Norte de Portugal.

Milhares de peregrinos devotos visitam o santuário todos os anos, juntamente com centenas de turistas que citam o Bom Jesus do Monte como o motivo da sua visita a Braga.

Tradicionalmente, os peregrinos subiam os 529 degraus até o santuário de joelhos. Ao fazerem isso, mostravam sua dedicação a Deus.

O Bom Jesus do Monte é único em design porque utiliza uma mistura de estilos arquitetônicos. A própria igreja data de 1834 e foi construída em estilo neoclássico.

A construção da igreja teve uma importância local, pois foi um dos primeiros edifícios neoclássicos a serem erguidos em Portugal. Foi oficialmente reconhecido como patrimônio da Unesco em julho de 2019.

A escada em ziguezague que conduz à igreja matriz foi construída em estilo barroco. Fique atento às fontes de água incomuns que jorram água dos olhos, bocas e narizes dos rostos dos homens gravados na pedra.

Se você não quiser subir as escadas, existe um funicular movido a água que você pode pegar até o topo. Jardins deslumbrantes circundam o santuário e são um local maravilhoso para um piquenique. É possível alugar barcos durante os meses de verão e navegar pelo pitoresco lago do parque.

Universidade de Coimbra – Alta e Sofia

Estabelecida em uma grande colina com vista para a cidade abaixo, a majestosa Universidade de Coimbra com suas faculdades associadas avançou e cresceu ao longo de sete séculos. Estruturas universitárias distintas incluem a gloriosa Catedral de Santa Cruz, que remonta ao século 13, e várias faculdades menores do século 16.

No Real Paço da Alcáçova, onde funciona a Universidade de Coimbra desde 1527, se encontra a Biblioteca Joanina com a sua esplêndida decoração barroca, o exuberante Jardim Botânico do século 18, e a moderna cidade universitária, construída durante a década de 1940.

Os imponentes edifícios existentes no local  inspiraram o crescimento de outros estabelecimentos de ensino superior no mundo lusófono, de Macau ao Brasil, onde a Universidade de Coimbra também exerceu uma influência significativa no ensino e na literatura.

Como tal, Coimbra foi inscrita como património mundial da humanidade em Portugal, como um modelo excecional de desenvolvimento de uma cidade universitária urbana integrada, bem como em reconhecimento das tradições cerimoniais e educativas únicas que foram alimentadas na universidade.

Coimbra está convenientemente localizada no centro de Portugal e é acessível por trens em cerca de 1 hora do Porto e cerca de 1 hora e 45 minutos de Lisboa. Portanto, realmente não há desculpa para não conhecer esse patrimônio mundial da humanidade.

Floresta laurissilva da Madeira

A laurissilva, ou floresta de louros, era uma antiga floresta tropical que outrora cobria grande parte do sul da Europa dezenas de milhões de anos atrás.

Quase tudo já foi extinto, mas quando os exploradores navegaram para a ilha da Madeira, descobriram um pequeno bolsão que não havia sido tocado pelo homem. É por isso que a Unesco listou a floresta como Patrimônio Mundial – para proteger o maior pedaço sobrevivente desse ecossistema especial.

De certa forma, não é muito impressionante para os visitantes porque se parece muito com qualquer outra floresta, mas existem pelo menos 76 tipos de plantas nativas na mata, bem como animais endêmicos que sobrevivem nela.

Mas, à medida que for explorando a laurissilva da Madeira, verá uma variação nas paisagens a diferentes altitudes, com árvores centenárias e gigantes crescendo mais abaixo, enquanto espécies mais pequenas e mais resistentes se agarram às falésias mais acima.

A floresta de louros representa cerca de 20% da ilha, então você certamente a encontrará se fizer caminhadas. O local de acesso mais fácil (e o mais frequentado por turistas que não querem fazer muito exercício) é no Ribeiro Frio.

Mas outra opção que nós recomendamos é contratar um guia local para mostrar o fascinante sistema de irrigação chamado levadas, muitos dos quais também passam pela laurissilva.

Veja também: Por que você deve conhecer o Alentejo

Veja também: Tavira, a joia escondida do Algarve

 

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